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Artigos

  • É a economia

    Como é sabido, a situação da economia não apenas influencia o resultado das eleições como também a situação política interfere na economia, especialmente em anos eleitorais como o que vivemos. Já tivemos no mercado internacional o lulômetro, que o banco de investimentos americano Goldman Sachs criou na eleição de 2002 para medir a influência na cotação do dólar do risco de Lula vir a ser eleito presidente da República.

  • O nosso dinheiro

    No momento em que a Polícia Civil de Brasília prendeu o economista e ex-chefe da Assessoria de Orçamento do Senado Federal, José Carlos Alves dos Santos, exatos 21 anos depois de ter vindo à tona o escândalo dos Anões do Orçamento, outra data serve para abrir um debate sobre o próprio Orçamento: na terça-feira o Instituto de Direito Público, presidido pelo ministro do Supremo Gilmar Mendes, organizará uma série de palestras com especialistas e autoridades de várias áreas para marcar os 50 anos da Lei 4320, que promoveu uma reforma modernizadora nesse processo.

  • Alianças pragmáticas

    A crise entre o PT e o PMDB está servindo de mote para o presidenciável Eduardo Campos assumir cada vez mais a postura de candidato de oposição, e não apenas ele. A sua provável vice, ex-senadora Marina Silva, segue na mesma batida, ela que na eleição de 2010 não assumiu a condição de oposicionista nem no primeiro turno, e talvez por isso não tenha ido mais longe do que foi. No segundo turno, recusou-se a apoiar qualquer dos candidatos, iniciando a pregação contra PT e PSDB, colocando-os no mesmo nível.

  • Lula tira espaço de Campos

    O ex-presidente Lula tem um hábito comum aos políticos: fala o que bem lhe apetece, sem dar muita bola para a realidade. Cria sua própria realidade, que vai mudando de acordo com seus interesses do momento. E faz isso com raro brilho. Já foi capaz de dizer poucas e boas sobre o ex-presidente Collor, com toda razão, mas não se furtou a aceitá-lo como aliado.

  • Clima de traição

    O que esta crise política está demonstrando, mais uma vez, é que o modelo de “presidencialismo de coalizão” que montamos no Brasil é na verdade distorcido por adaptações que acabam transformando-o em um “presidencialismo de cooptação”, como definiu o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso recentemente.

  • Sob o signo da mudança

    A vantagem que a presidente Dilma mostra consistentemente nas pesquisas de opinião, reafirmada ontem pelo Ibope, demonstra que os candidatos de oposição mais conhecidos, como o senador Aécio Neves ou o governador Eduardo Campos, não conseguiram até agora cativar o eleitorado que reafirma, também consistentemente, pesquisa após pesquisa, que quer mudanças, e de preferência sem Dilma na presidência.

  • Tiro no pé

    Oito anos depois da aquisição de uma refinaria em Pasadena, nos Estados Unidos, que deu um prejuízo bilionário em dólares à Petrobras, dois dos responsáveis pelos relatórios favoráveis à compra, que a presidente Dilma classificou de “técnica e juridicamente falhos”, estão em maus lençóis.

  • De corpo e alma

    A primeira entrevista mais longa para a televisão do ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, dada ao jornalista Roberto D’Ávila no seu programa de estreia na Globonews, é um depoimento revelador de como pensa e age um dos principais atores da atual cena pública brasileira.Ele não apenas anuncia formalmente que não será candidato a nada nas eleições deste ano, como faz questão de separar sua atuação da vida política, da qual diz preferir se manter alheio. Ocupando um dos principais gabinetes na Praça dos Três Poderes, ele se diz distante de “tudo o que se passa aqui (nessa Praça dos Três Poderes) que tenha caráter político”.

  • Maioria em teste

    Em tempos normais, em que o governo poderia esperar o apoio do PMDB para impedir a convocação da CPMI sobre a Petrobras, dificilmente a oposição teria êxito na empreitada. Mas a chamada “maioria defensiva” no Congresso pode não funcionar se o mal-estar entre a base aliada e o governo não for desfeito.

  • O enigma Dilma

    Estar em São Paulo entre investidores internacionais no dia em que a agência Standar’s and Poors rebaixou a nota do Brasil é uma experiência interessante. O sentimento generalizado é que não aconteceu uma tragédia, mas há uma genuína ansiedade sobre como o governo brasileiro se comportará diante da adversidade que o rebaixamento representa.

  • Pedra sobre pedra

    Várias comissões da Câmara e do Senado estão convocando ministros, diretores e ex-diretores da Petrobrás para explicarem a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, a que deu um prejuízo bilionário em dólares à estatal brasileira devido a relatórios “falhos técnica e juridicamente” na definição da presidente Dilma.

  • Queda confirmada

    Na semana passada já havia acontecido a mesma coisa, mas não passou de especulação: a Bolsa subiu a partir do boato de que o Ibope detectara uma queda da candidatura da presidente Dilma que acabou se confirmando apenas em parte naquela ocasião.

  • Tendências

    As duas pesquisas do Ibope divulgadas com a diferença de uma semana, realizadas praticamente no mesmo período de março, a de intenção de votos entre 13 e 20 e a de popularidade entre 14 e 17, mostram sem dúvida uma tendência de queda na aprovação do governo, mas mantém a presidente Dilma na dianteira da corrida presidencial graças a eleitores que apesar de avaliar seu governo como razoável, mesmo assim a preferem às opções existentes na oposição.

  • Voto esclarecedor

    O voto do ministro Luis Roberto Barroso, relator do processo do chamado “mensalão do PSDB mineiro”, que enviou para a primeira instância da Justiça de Minas a acusação contra o ex-governador e ex-presidente do PSDB Eduardo Azeredo depois que ele renunciou ao mandato de deputado federal, tem servido aos petistas e suas redes de blogs militantes, pagos ou não, como prova de que a Ação Penal 470, a do “mensalão petista”, teve um tratamento de exceção, pois deveria ter sido desmembrada e enviada para a primeira instância no que tange aos réus que não tinham mandato parlamentar, como o ex-ministro José Dirceu.

  • Tempos de guerra fria

    No terceiro e último ciclo sobre o golpe de 64 promovido pela Casa do Saber/O Globo, me coube fazer ontem a mediação do debate sobre as lutas ideológicas e a geopolítica internacional do qual participaram o jornalista e escritor Fernando Gabeira, ex-deputado federal; o escritor Mário Magalhães, autor da biografia de Marighela e Celso de Castro, diretor do Cepedoc da Fundação Getulio Vargas e especialista na história dos militares brasileiros. Discutimos como o cenário internacional interferiu nos acontecimentos que antecederam e culminaram no golpe militar, a partir da “guerra fria”, a disputa entre os dois grandes blocos, divisores do mundo à época depois da Segunda Guerra Mundial: o capitalismo representado pelos Estados Unidos e o comunismo pela União Soviética.