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ABL na mídia - Gazeta do Povo - Academia Brasileira de Letras comemora “primeira mulher negra” como imortal

 

Ana Maria Gonçalves foi escolhida por 30 dos 31 votos possíveis. A professora, ativista e escritora indígena Eliane Potiguara recebeu apenas 1 voto. Ruy da Penha Lobo, Wander Lourenço de Oliveira, José Antônio Spencer Hartmann Júnior, Remilson Soares Candeia, João Calazans Filho, Célia Prado, Denilson Marques da Silva, Gilmar Cardoso, Roberto Numeriano, Aurea Domenech e Martinho Ramalho de Melo também disputavam a cadeira.

Merval Pereira, presidente da ABL, declarou que Ana Maria Gonçalves é "uma das maiores escritoras brasileira dos últimos anos". O jornalista prosseguiu: "Um Defeito de Cor foi considerado o mais importante da literatura brasileira dos últimos 25 anos. Só por isso, merece entrar para a ABL. Além disso, é uma mulher negra e a ABL está empenhada em aumentar sua representatividade entre seus pares."

"Ana Maria terá a função de demonstrar que a ABL está sempre querendo aumentar sua representatividade de sexo, cor, e qualquer tipo que represente a cultura brasileira. Queremos ser reconhecidos como uma instituição cultural que represente o Brasil, a diversidade brasileira. Ela aumenta nossa vontade de estar sempre presente nos movimentos sociais relevantes", concluiu Merval Pereira.

A jornalista e escritora Rosiska Darcy, dona da cadeira 10 da ABL, disse que a chegada de Ana Maria Gonçalves é um aperfeiçoamento da democracia. "É uma eleição histórica, não só porque ela é uma excelente escritora, mas também é uma mulher, e uma mulher negra. Esta é a primeira vez que a ABL elege uma mulher negra. Entramos numa fase de maior completude, e vamos cada vez mais nos aproximando do que é de fato a cultura brasileira."

Ana Maria Gonçalves nasceu em Ibiá, Minas Gerais, em 1970. Começou a escrever contos e poemas na adolescência, mas sem publicar. Após 15 anos de atuação com publicidade, ela migrou para a literatura. Lançou Ao Lado e à Margem do que Sentes por Mim e Um Defeito de Cor, que se tornou um sucesso, sendo eleito pelo jornal Folha de São Paulo como o livro mais importante do século XXI.

Matéria na íntegra: https://www.gazetadopovo.com.br/cultura/academia-brasileira-de-letras-comemora-primeira-mulher-negra-imortal/

14/07/2025