
Francisco e a prospectiva
O papa Francisco não nos garante apenas o aggiornamento da Igreja, mas uma inédita prospectiva. Não se trata, porém, de um testemunho profético, nem, também, se o testemunho seria esgotado falando-se apenas de esperança. Não deparamos um estrito otimismo sobre o futuro, mas uma determinação de buscar convergências e multiplicar opções em que, inclusive, a Boa Nova do evangelho seja mais do que um simples acordar de um depósito de verdades. Aí está, de saída, não o clássico clamor da Igreja pela paz, mas a indução direta dos governantes à conversação e ao desbloqueio das ditas questões irredutíveis de um conflito.