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Artigos

  • Banco Imobiliário

    Jornal do Commercio (RJ), em 06/11/2008

    Não sei se ainda existe, mas sou do tempo em que havia um joguinho de dados chamado Banco Imobiliário. Distribuíam-se notas simbólicas de dinheiro entre cinco ou seis participantes e cada um ia atirando os dados num tabuleiro onde estavam marcados os hospitais, escolas, hotéis, restaurantes, usinas, ferrovias, aeroportos, navios, minas disso e daquilo etc.

  • O poeta das Gálias

    Jornal do Commercio (RJ), em 04/11/2008

    Comparado ao Império Romano em seus tempos de glória, os Estados Unidos mudam hoje o comando da guarda e o resto do mundo acompanha com interesse (ou preocupação) o novo esquema de poder que de certa forma contaminará a economia mundial. Tal como no tempo dos imperadores de Roma, havia e há províncias esparsas que contestavam e contestam o poder e a glória dos Césares de plantão.

  • A ilha na vanguarda

    O Globo (RJ), em 02/11/2008

    Neste belo domingo de sol etc. etc., ia começando outra vez, mas me bateu algo que tenho de dizer antes, praticamente por uma questão de educação. Muita gente, notadamente alguns estrangeiros que vivem no Brasil e lêem português bem, ficou baratinada com os dois primeiros parágrafos da coluna passada. Desculpem, por favor, sobretudo os que tomaram tranqüilizantes achando que a Imprensa brasileira estava sendo inopinadamente ocupada por loucos e os que se encontram com a musculatura dolorida por levarem aquilo excessivamente a sério e terem levantado dicionários em demasia, mesmo em dia de exercício. O marido holandês de uma amiga nossa teve um princípio de crise nervosa e minha irmã me telefonou da Bahia querendo o número de meu psiquiatra e perguntando se eu já considerara a hipótese de ter recebido um caboclo ou coisa assim - o que, aliás, me levou a indagar se ela estava me estranhando, pois que eu não recebo nem nunca recebi nada, nem no concreto nem no figurado, é bom deixar isto bem claro. Desculpem, não torno a outra, embora, baiano sendo, não possa garantir, já que a baianada vive tomando intimidades descabidas com a língua.

  • O preço da democracia

    Folha de S. Paulo (SP), em 02/11/2008

    RIO DE JANEIRO - Não me dei ao respeito de acompanhar a complicada e dispendiosa sucessão presidencial dos Estados Unidos. Ao contrário da mídia internacional, que se empolgou desde cedo com a possibilidade do candidato Obama sair vitorioso na próxima terça-feira, preferi ficar na minha, com ocupações e preocupações de um alienado assumido.

  • Quando o Rio cresce é bom para todos

    Jornal do Brasil (RJ), em 01/11/2008

    Desde que houve a fusão do Estado do Rio de Janeiro com o antigo Estado da Guanabara, sempre foi tema, nas discussões entre empresários, o chamado esvaziamento econômico. A idéia, que não foi submetida a plebiscito, teria prejudicado sobretudo a capital, cujos impostos deveriam ser, a partir de então, repartidos com a pobreza fluminense, apesar dos seus bolsões de progresso.

  • A difícil volta

    Jornal do Brasil (RJ), em 31/10/2008

    FOI LORDE Callaghan, então primeiro-ministro britânico, quem, questionado por jornalistas sobre a crise provocada pelas greves e agitações sociais que varriam o país em 1979, primeiro respondeu com outra pergunta: ‘Crise? Que crise?’. É que, quando elas aparecem, vêm de mansinho e só são visíveis quando se instalam.A Grande Depressão, marcada pela crise da Bolsa de Nova York em 1929, só alcançou seu ponto mais dramático em 1933. O Brasil, naquele tempo, tinha uma vulnerabilidade total, pois toda nossa economia girava em torno do café, responsável por 70% de nossas exportações. O seu impacto sobre o país abriu caminho para que a Revolução de 30, que estava germinando, eclodisse de uma vez logo em seguida.

  • Machado e o nosso panteão preguiçoso

    Jornal do Commercio (RJ), em 31/10/2008

    Começamos a nos dar conta desse fenômeno desmedido, em que a celebração do centenário da morte de Machado de Assis entra nos anais da cultura brasileira. Tem magnitude ainda mal balizada do que seja, num país de tardia toma de consciência, a avaliação de seus valores, num reconhecimento nacional e já num corte canônico de gerações. Mal construímos ainda, de fato, o nosso pódio, e nele do que, nas memórias de fastos e proezas, dos destaques de onde arranque a façanha os desempenhos antológicos.

  • O estado da arte da EAD

    Jornal do Commercio (RJ), em 31/10/2008

    Para os professores Frederic M. Litto e Marcos Formiga, a educação à distância no Brasil é uma realidade em ascensão. Eles prevêem, como bons especialistas, que nas próximas décadas deverá reunir mais alunos do que a educação presencial, “e com formatos mais ricos e mais variados, como jamais anteriormente foi imaginado.”

  • Dificuldades

    Jornal do Commercio (RJ), em 30/10/2008

    Nunca antes, o atual governo deu mostras de estar embananado com uma crise econômica que a princípio negou e agora admite como grave e inédita. Grave também, sem ser inédita, é a medida provisória que transita no Congresso, com apoio sistemático da base governista e pesadas críticas da oposição. Tudo nos conformes, cada facção fazendo a sua parte.

  • Oposição: paga-se bem, ainda

    Jornal do Brasil (RJ), em 29/10/2008

    As eleições municipais garantiram um avanço excepcional na contabilidade democrática do país. Ou melhor, na emergência de novas lideranças, a partir de critérios mais exigentes de êxito eleitoral, do que o da velha pajelança político-partidária e sua inércia nos palanques. Verificamos, sobretudo, no quadro da consciência de mudança, o arquivo rápido de forças que se tornaram obsoletas, diante do impulso do governo Lula. Marca-o a conservação da popularidade presidencial nesses 68% ímpares em nossa história política, à margem do partido, ou das composições políticas que o trouxeram ao poder.

  • O voto que não dei

    Jornal do Commercio (RJ), em 28/10/2008

    Péssimo cidadão que sempre fui, não cumpri o chamado "cívico dever" de votar no último domingo. Votaria nos dois candidatos a prefeito que se apresentaram ao eleitorado carioca, mas a lei proibiria este gesto de solidariedade e reconhecimento. Meu voto seria anulado. Queimando etapas, preferi ficar em casa.

  • A Lua que vem da Ásia

    Tribuna da Imprensa (RJ), em 28/10/2008

    Nesta vida agitada de ler livros e mais livros, principalmente brasileiros, dos que possam elevar nossa literatura a nível mais alto - e a nós mesmos, como leitores, a um plano maior de entendimento - encontramos de vez em quando obras que abrem caminhos. Meu espanto diante de um livro nunca foi tão grande como o que senti há muitos anos, ao ler o romance "A lua vem da Ásia", de Campos de Carvalho.

  • A impossível arte de prever o futuro

    Zero Hora (RS), em 28/10/2008

    Quando começou a atual crise econômica, o presidente Lula fez um bem-humorado pronunciamento, usando uma expressão que desde então tem sido repetida, sempre com ironia, pelos comentaristas: nos Estados Unidos, disse Lula, a crise pode ser um tsunami, mas aqui no Brasil chegará como uma marolinha.

  • Os jovens e seus pais

    Zero Hora (RS), em 26/10/2008

    Tempos atrás, escrevi aqui em ZH um texto (depois publicado no livro Um País Chamado Infância, Ed. Ática) intitulado Oração de um Pai.

  • Um exemplo

    Folha de S. Paulo (SP), em 26/10/2008

    RIO DE JANEIRO - Refletindo a comoção pública, e de certo modo a incentivando, a televisão, o rádio e a mídia em geral deram minuciosa cobertura do seqüestro e morte da menina Eloá – vítima de um crime passional que por coincidência provocaria outros casos iguais.