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Artigos

  • A estátua e o gesto

    RIO DE JANEIRO - Não chega a ser um objeto de culto, não pertence a nenhuma religião específica, embora tenha o visual e o nome do fundador de uma delas. Na verdade, é um bloco de cimento rude revestido de pequenas escamas, como as naves espaciais. Um gigante de muitos metros de altura, com os braços abertos, incansavelmente abertos apesar do gesto, não lembra uma cruz, mas um abraço.

  • Suposições

    RIO DE JANEIRO - Formadores de opinião (entre os quais não me incluo), sociólogos, psicólogos e outros entendidos que procuram explicar tudo foram unânimes em condenar a ação policial no complexo de favelas do Alemão, da qual resultaram 20 e tantos cadáveres de "supostos" traficantes.

  • Nada de novo

    RIO DE JANEIRO - Deve ser uma vocação esquisita. O Rio é bagunçado, parece que nada é levado a sério pelo carioca, mas sempre encontra um jeito de arrumar as coisas e arrumar-se. Dois meses antes da abertura do Pan, era voz geral que nada ficaria pronto para o encontro dos atletas das três Américas.

  • Além do desastre

    RIO DE JANEIRO - À margem do acidente de anteontem com o avião da TAM, cujas causas seguirão a rotina de sempre e demorarão a serem esclarecidas, faço duas considerações de leigo na matéria, mas usuário freqüente do transporte aéreo. Desde já estão abertas duas vertentes que irão tumultuar a apuração do caso.

  • Sangrando e fedendo

    RIO DE JANEIRO - Não foi a imprensa que diagnosticou tão radicalmente a crise atravessada pelo Senado. Foram alguns de seus membros, que estão sofrendo o constrangimento de serem senadores num momento em que dois deles estão sendo acusados não apenas de falta de decoro mas de improbidade.

  • O coaxar das rãs

    RIO DE JANEIRO - Animal urbano, sempre ouvi falar em coaxar de rãs, mas nunca soube exatamente o que era isso. Até que li, num jornal aqui do Rio, uma referência ao "coaxar de rãs" a propósito das críticas que estão sendo feitas, ao Rio em geral e ao carioca, em particular, por conta do Cristo Redentor, que foi considerado uma das sete maravilhas do mundo.

  • Sem perder a ternura

    RIO DE JANEIRO - Foi há alguns anos, escrevi uma crônica mais ou menos severa, criticando não me lembro qual posição ou atitude do senador Antônio Carlos Magalhães. No mesmo dia, recebi dele um fax também severo, aliás severíssimo, justificando-se e, ao mesmo tempo, explicando à maneira dele a minha crítica.

  • Uma lona por cima

    RIO DE JANEIRO - Como sempre acontece nas tragédias, é vasto o acervo de imagens divulgadas pelos jornais, revistas e TVs nos últimos dias. Cenas dramáticas de parentes dos passageiros esperando por notícias, bombeiros resgatando corpos carbonizados, a seqüência de fotos das vítimas, a maioria delas sorrindo, em momento bom da vida -fica difícil para um editor escolher uma delas como logomarca do acidente na semana passada.

  • Uma festa perfeita

    RIO DE JANEIRO - Na minha infância havia um ditado que todos repetiam: "Araruta tem seu dia de mingau". Para falar a verdade, nem sei direito o que é araruta, deve ser um cereal menos nobre que, em determinadas circunstâncias, é promovido à nobreza de produzir um mingau.

  • Tradição do circo

    RIO DE JANEIRO - Foi estimulante para a nação a cerimônia de posse do novo ministro da Defesa. O astral da pátria andava por baixo com a sucessão de problemas e tragédias. Em aparição anterior, Lula declarou pateticamente que estava com o coração sangrando, desobedecendo ao conselho de sua ministra do Turismo, que sugeria relaxamento e gozo a todos nós.