Portuguese English French German Italian Russian Spanish
Início > Artigos

Artigos

  • O valor dos sinais

    Não sou especialista em interpretar sinais. Mas o Paulo Coelho é mestre na matéria -ele sabe quando vai chover, se deve ou não deve fazer isso ou aquilo porque esbarrou com um corcunda de óculos escuros. Daí o sucesso que teve e está tendo. Mas o caso do Paulo não é raro, é até antigo.

  • Um musical na Broadway

    Recente estada em Nova York e tive a oportunidade de realizar um desejo antigo: ver o musical (ou ópera) "Porgy and Bess", de George Gershwin, com um elenco negro, numa montagem caprichada em plena Broadway, com Audra McDonald (muito elogiada no papel de Bess) e Norm Lewis num impressionante Porgy.

  • Mediocridade nacional

    Duas casas, uma em Brasília, outra em Goiás, dois partidos que pretendem se revezar no poder, um bicheiro com a esquisita alcunha de "Cachoeira" -e temos aí a agenda da vida pública nacional, que se ramifica no Judiciário, na Polícia Federal e, logicamente, na mídia que dedica espaço e tempo às gravações, aos depoimentos agora chamados de "oitivas", às suposições e chantagens mútuas dos principais interessados.

  • A sustentabilidade do carioca

    Não herdei de ninguém: foi a vida que me fez cultivar um espírito de porco que os anos aperfeiçoaram. Para usar uma palavra que está em moda: é um espírito de porco que adquiriu "sustentabilidade". Ao menos nesse departamento, eu estou atualizado.

  • Crônica macabra

    Crônica publicada na "Ilustrada" da última sexta-feira, "Mata! Mas não esquarteja" provocou protesto de leitor, que considerou o conselho mais selvagem do que aquele que foi dado por Paulo Maluf há tempos, "Estupra, mas não mata!", conselho que, aliás, está citado explicitamente no meu texto.

  • Autossustentável

    Foi a primeira vez em que ouvi a expressão. Faz tempo, a moeda ainda era o cruzeiro e eu estava avaliando o carro que pretendia comprar. Até então, comprava os de segunda mão, americanos, já testados. O Simca Chambord era nacional, o mais bonito dos carros fabricados aqui.

  • Um mistério na Redação

    Até hoje não entendi. Vou contar o caso porque tenho pelo menos três testemunhas vivas e em atividade profissional para confirmar o que se passou naquele 14 de março de 1985, na Redação da "Manchete": Roberto Muggiati, José Esmeraldo Gonçalves e J.A. de Barros.

  • Um ovo e uma fritada

    Um dos temas que mais me impressionaram quando na distante mocidade que passei num seminário foi o estudo da lei de causalidade nas aulas de lógica, tendo como base a tradicional doutrina aristotélica-tomista: posta a causa, posto o efeito; variada a causa, variado o efeito; "sublata causa, tollitur effectus", ou seja, suprimida a causa, acaba o efeito.

  • Dom Eugenio

    Se fosse muçulmano, umbandista, técnico de futebol, comunista ou lixeiro, dom Eugenio Sales seria o que sempre foi: um homem reto, sincero, fiel a seus princípios e, sobretudo, humano. Acontece que foi sacerdote, bispo e cardeal. Sua trajetória tinha um ponto de referência lá em cima -no caso dele, o Deus no qual acreditava e a igreja à qual servia em tempo integral e em modo total.

  • Esfola! Mata!

    Aprendi, não sei com quem, que não se deve dar dois tipos de chute: em despacho de macumba e em cachorro atropelado. Na realidade, nunca tive vontade nem oportunidade para chutar despachos com farofa e velas acesas, e muito menos chutar cachorros. Daí a maneira como fiquei sabendo de mais uma coisa inútil, entre outras tantas.

  • Memórias do exílio

    Com o movimento militar de 1964, exilara-se inicialmente na Argélia, depois em Paris. Quando a situação política se normalizou, ele voltou para São Paulo, mas não gostou da vida que levaria no Brasil. Achou tudo muito chato. Tentou o Uruguai, onde ainda tinha parentes, desanimou e decidiu viver e morrer em Paris. Pelo menos, valeria uma missa.