
O ponto G e o ponto zero
Muitas teorias existem sobre o ponto G e a maior ambição de todos é encontrá-lo. É o máximo do máximo. Em economia, em tempos de crise, o ponto G é o ponto zero dos juros.
Muitas teorias existem sobre o ponto G e a maior ambição de todos é encontrá-lo. É o máximo do máximo. Em economia, em tempos de crise, o ponto G é o ponto zero dos juros.
BUENOS AIRES - Sou tomado nesse momento por um duplo sentimento de perda: a do amigo e a do homem de Estado. Raúl Alfonsín foi, sem dúvida, uma das maiores figuras humanas que conheci, e foi também o homem que abriu, com sua coragem, a integração latino-americana.
Sou tomado nesse momento por um duplo sentimento de perda: a do amigo e a do homem de Estado. Raúl Alfonsín foi, sem dúvida, uma das maiores figuras humanas que conheci. E foi também o homem que abriu, com sua coragem, a integração latino-americana. Tudo o que fizemos para inverter o processo histórico de hostilidade entre Brasil e Argentina, transformando-o num processo de integração, não teria sido possível sem Alfonsín.
A Europa recebeu fascinada o presidente Obama. Era como se fosse uma espécie desaparecida que vinha da América redescoberta. Quase o mesmo sentimento com que em Rouen, em 1562, Carlos 9º recebia entre festas e curiosidades os desconhecidos habitantes do novo mundo. Entre os estragos que George W. Bush fez estava a desastrosa separação com os europeus, seus aliados e ancestrais, pelas divergências que alimentou com seu sentimento guerreiro e sua política de fechar caminhos.
Salvaram-se em Trinidad e Tobago apenas os Estados Unidos e o Brasil. Ficou evidente a chegada do nosso país àquilo que no passado fora a profecia de muitos pensadores, entre os quais Joaquim Nabuco, primeiro embaixador do Brasil em Washington: nossa condição de potência continental, desempenhando a mesma posição no continente sul que os EUA na América do Norte.
RIO - Com Jared Diamond, aprendemos que a evolução da humanidade foi controlada e influenciada pelos germes. O homem criou condições para o desenvolvimento dos germes ao conviver com rebanhos e domesticar animais, e desde então eles atacam em ondas periódicas, destruindo e dizimando. Malthus, no seu prognóstico de que a população da Terra cresceria de maneira insustentável, previa que ela seria regulada pelo aniquilamento dos pobres (dizia com a dureza britânica) pelas guerras, fomes ou epidemias. Evidentemente essa profecia foi conjurada.
Tom Jobim nos encantou com as águas de março. O Nordeste e o Norte viveram e vivem o que não há na memória da região de tantas chuvas e tantas enchentes. Todos os povos guardam no imaginário do seu povo o tempo de uma grande enchente que engoliu a Terra. Os espanhóis ouviram dos astecas essa lembrança. Os nossos primeiros cronistas, Abbeville à frente, nos falam dessas águas como se fosse uma lenda indígena.
Conheci e fui amigo de Takeo Fukuda, que foi primeiro-ministro do Japão por muitos anos e fundador do Inter- Action Council, do qual faço parte. Muitas vezes estivemos juntos em reuniões em várias partes do mundo para discutir os problemas do presente e do futuro da humanidade. Em nenhuma delas Fukuda deixou de aproveitar toda e qualquer discussão para inserir a tese pela qual tinha verdadeira obsessão: o controle demográfico. Lembrei-me dele, de suas advertências, nesta crise mundial. Não crescer economicamente significa a eclosão de dificuldades e problemas que vão do desemprego à fome. Já no caso da população é o crescimento que nos dá a previsão de obstáculos insolúveis no futuro.
Leio num jornal europeu que a crise econômica que varre o mundo, provocando a queda da atividade industrial, gerando desemprego e afetando todos os setores do cotidiano dos cidadãos, também está invadindo outras áreas, impensáveis num mundo que não fosse dominado pela sociedade da comunicação.
Velhos coronéis, raposas repaginadas e algumas poucas novidades no universo partidário.
O relatório do Banco Mundial sobre violência na América Latina é de deixar frio nos ossos. E, pior ainda, de nos esquentar a consciência por termos perdido no Brasil a oportunidade de abolir o comércio de armas.
Há muitos anos, em Pinheiro, minha terra natal, perguntei a um missionário italiano, padre Sandro, os caminhos que o haviam trazido àqueles campos. Era querido da população, respondeu-me: “O amor de Deus”.
Há quase duas semanas, a queda do Airbus da Air France resiste à concorrência dos noticiários, que vão da casa de Berlusconi, na Sardenha, à vitória dos conservadores nas eleições do parlamento europeu, ao pronunciamento histórico de Obama no Cairo, onde estendeu a mão ao reconhecimento da contribuição islâmica à história da humanidade, e a suas palavras em Buchenwald, recordando o que jamais deve ser esquecido: o holocausto, em que milhões de judeus morreram nos campos de concentração.
Este espaço jamais pode ser usado para assuntos pessoais. Aqui não tenho o Senado para atrapalhar-me, e sim o gosto de escrever. E nada melhor do que escrever sobre o livro.
Os protestos sobre o resultado das eleições no Irã mostraram a face de um dos mais dolorosos tratamentos impostos à mulher, que, baseados em motivos religiosos, varre os países islâmicos e a sujeita a uma situação de inferioridade que atinge brutalmente os direitos humanos.