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Artigos

  • O bonequinho deu umas dormidinhas

    O Globo (RJ), em 16/12/2007

    Na quarta-feira passada, sabedor de que, no Senado da República, estaria sendo travada a grande batalha democrática da CPMF, liguei a TV cedo, mandei buscar farto suprimento de pipoca e, juro a vocês, assisti a todo o espetáculo, com exceção dos comparativamente raros momentos em que caí no sono e fui logo despertado por um dos muitos brados retumbantes dados no plenário. Eu não me perdoaria se perdesse aquelas cenas, que, para começar, só podiam acontecer no Brasil mesmo. Imagino que, em qualquer outro país, o espanto seria absoluto e muita gente não ia acreditar nem vendo.

  • O perdão

    Extra (RJ), em 16/12/2007

    O monge Chu Lai estava descansando próximo a um riacho, quando um jovem discípulo se aproximou dele e disse: “Queria saber qual a melhor maneira de servir a Deus”. Sem titubear, o monge respondeu: “Oração, penitência, reparação”. “E qual a pior maneira?”, quis saber o rapaz muito ansioso. “Ofensas ao próximo”, tornou a responder o monge, de forma bem direta. “Pensei que a pior coisa fosse a ofensa a Deus”, retrucou o rapaz, meio confuso. “Você está enganado”, explicou Chu Lai: “Deus está em toda parte e você poderá encontrá-lo sempre que se arrepender. Mas, quando se ofende o próximo sem razão, Ele pode partir para um lugar distante e, nesse caso, você não terá jamais uma oportunidade para Lhe pedir perdão.”

  • O instante mágico

    Extra (RJ), em 15/12/2007

    É preciso correr riscos. Só entendemos direito o milagre da vida quando deixamos que o inesperado aconteça. Todos os dias Deus nos dá, junto com o sol, um momento em que é possível mudar tudo que nos deixa infelizes. Quem presta atenção ao seu dia, descobre o instante mágico. Ele pode estar escondido na hora em que enfiamos a chave na fechadura da porta pela manhã, no instante de silêncio logo após o jantar, nas mil e uma coisas que nos parecem iguais. Esse momento existe: um momento em que toda a força das estrelas passa por nós e nos permite fazer milagres.

  • Não adianta assobiar

    Jornal do Brasil (RJ), em 14/12/2007

    REPITO, o desenvolvimento tem três aspectos: o econômico, o social e o político. É neste que reside o perigo brasileiro.

  • Aprender fazendo

    Jornal do Commercio (RJ), em 14/12/2007

    É muito atraente proclamar a necessidade de um novo modelo para a educação brasileira. Quem não estará de acordo? Conhecendo a realidade das nossas escolas, especialmente as públicas, sente-se o vulto do desafio. A capacitação necessária deve ser acompanhada de incentivos salariais, como ocorre nos países pós-industrializados. Eles podem ainda utilizar padrões conservadores, sem maior criatividade, mas têm melhores condições de se dar bem na Sociedade do Conhecimento. O sistema CIEE, no Brasil, já treinou mais de sete milhões de jovens. Depara-se, no entanto, com um problema que extrapola os limites da sua atuação. Quase 30% da nossa população jovem, entre 18 e 25 anos de idade, não têm oito anos de estudos, ou seja, sequer concluíram o ensino fundamental, carecendo assim de qualificação.

  • Passagem pela Terra

    Extra (RJ), em 14/12/2007

    Todos nós, sem exceção, tivemos e passamos por várias experiências difíceis durante nossa vida. Isto faz parte desta nossa passagem pela Terra. E em muitos desses momentos pensamos que “as coisas podiam ter acontecido de uma outra maneira”, mas o fato é que não tem jeito mesmo: nós não podemos nem temos o poder de mudar nosso passado. Por outro lado, é uma mentira e uma ilusão pensar que tudo que acontece tem seu lado bom ou positivo. Existem coisas que deixam marcas muito difíceis de superar, feridas que sangram muito. Como, então, podemos nos livrar de nossas experiências amargas? Só existe uma maneira: vivendo realmente e de maneira sincera o presente. Temos que tirar do milagre de nossa vida a alegria que necessitamos para manter viva nossa fé e nossa confiança no próximo. Como diz aquela frase conhecida: “Hoje é o primeiro dia do resto da minha vida”.

  • À espera da nova cultura da paz

    Jornal do Commercio (RJ), em 14/12/2007

    A Aliança das Civilizações das Nações Unidas realizou a sua primeira reunião da segunda etapa no Rio de Janeiro de 8 a 10 de dezembro. Defrontou-se com o tema em que a discussão da interculturalidade encontra o seu limite de diálogo: o reconhecimento do universal dos Direitos Humanos como caminho para a retomada de uma cultura da paz.

  • Momentos fundamentais

    Folha de S. Paulo (SP), em 13/12/2007

    RIO DE JANEIRO - Mestre do rigor histórico, Ruy Castro listou três episódios formidáveis que foram presenciados por milhões de pessoas no justo momento em que aconteciam. Ele citou o show do Police no Maracanãzinho, em 1982; o primeiro treino de Garrincha no Botafogo, em 1953; e a final da Copa do Mundo de 1950, no Maracanã.

  • Antes da "guerra de religiões"

    Jornal do Brasil (RJ), em 12/12/2007

    Realizou-se no Rio de Janeiro, de 8 a 10 último, a primeira reunião, no hemisfério, da Comissão das Nações Unidas para a Aliança das Civilizações. Sob o comando do ex-presidente de Portugal, Jorge Sampaio, o encontro denunciou, com o maior realismo, o perigo da retórica nesses debates, presos ao lugar-comum da burocracia internacional.

  • O ato de perdoar

    Extra (RJ), em 12/12/2007

    O perdão é uma estrada de mão dupla. Quando perdoamos alguém, estamos perdoando a nós mesmos. Se somos tolerantes, fica mais fácil aceitar nossos erros. Sem culpa nem amargura, conseguimos melhorar nossa atitude. Pedro perguntou a Cristo: "Mestre, devo perdoar sete vezes meu próximo?". E Cristo respondeu: "Não apenas sete, mas setenta vezes". Quando, por fraqueza, deixamos que o ódio, a inveja, a intolerância vibrem ao nosso redor, terminamos nos consumindo. O ato de perdoar limpa o plano astral e nos mostra a verdadeira luz da Divindade.

  • Proust e os editores

    Tribuna da Imprensa (RJ), em 11/12/2007

    O problema, que problema é, de leitores contratados pelas editoras para que opinem sobre originais de escritores, assume novas proporções com dois livros publicados na Europa. O de Umberto Eco (em italiano, "Diário mínimo"; em francês, "Pastiches et postiches") apresenta possíveis opiniões de leitores a respeito da Bíblia, de "O processo", de Kafka, de Proust, de Joyce: é obra de crítica e sátira. O segundo divulga uma pesquisa séria sobre as relações de Proust com seus editores: "Marcel Proust à la recherche d'un editeur", de Franck Lhomeau e Alain Coelho.

  • Ansiedade e busca

    Extra (RJ), em 11/12/2007

    Um homem visitou um mestre e pediu: “Preciso saber qual o primeiro passo que deve dar aquele que deseja seguir o caminho espiritual”. O mestre o levou até um pequeno poço e pediu que ele olhasse seu reflexo na água. O homem obedeceu, mas o ermitão começou a jogar pedras na água, mexendo a superfície. “Não poderei ver direito meu rosto enquanto o senhor jogar pedras”, disse o homem. “Como é impossível para um homem ver seu rosto em águas turbulentas, também é difícil buscar Deus se a mente estiver ansiosa demais. Aí está sua primeira lição”.