Currículo deveria ser problema
O que, num país civilizado, seria obstáculo para a indicação de um ministro do STF, no Brasil não deve dar em nada.
O que, num país civilizado, seria obstáculo para a indicação de um ministro do STF, no Brasil não deve dar em nada.
Nada mais exemplar do establishment que Bolsonaro prometeu destruir do que a reunião promovida pelo ministro Dias Toffoli do Supremo Tribunal Federal em sua casa em Brasília nesse domingo.
O jantar para selar a paz entre Rodrigo Maia e o ministro da Economia Paulo Guedes foi bem vindo.
A militarização da Amazônia parece ser a saída que o governo de Bolsonaro projeta para garantir nossa soberania na região, como se ela estivesse realmente ameaçada.
Controlar os tribunais, especialmente os superiores, é o sonho de todo presidente, para moldar as leis do país à sua semelhança.
O presidente Bolsonaro acertou, do ponto de vista dele, na escolha para o STF de um juiz que tem apoio político do centrão, que agora é a base dele no Congresso, mas fez exatamente o contrário do que prometeu quando assumiu, de colocar Sergio Moro no STF, apoiar a Lava-Jato e combater a corrupção.
Aquela cena em que o ministro da Economia Paulo Guedes foi gentilmente retirado de uma entrevista pelo ministro-chefe da Secretaria de Governo Luiz Eduardo Ramos e pelo líder do governo Ricardo Barros revelou, por imperícia dos dois primeiros, a desavença interna entre os assessores mais próximos do presidente Bolsonaro.
A escolha de desembargador do Piauí Kassio Nunes para a vaga de Celso de Mello no STF foi uma surpresa, como um “drible da vaca”, como me relatou um ministro do STF. Bolsonaro jogou vários nomes no ar, e apareceu com uma novidade, uma solução diferente do que estavam falando.
Como tudo na ação política de Bolsonaro, nem sempre o que parece ser, é.
O temor de todos se confirmou: o governo não tem de onde tirar dinheiro para o Renda Cidadã, a não ser que desrespeite o teto de gastos.
A troca do novo imposto digital pela desoneração geral da folha de pagamento das empresas é uma boa negociação.
A conformação do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Corte Suprema dos Estados Unidos está sendo alterada no mesmo momento histórico de viés direitista nos dois países.
A decisão do ministro Luiz Fux de tirar do plenário virtual e levar para o presencial (através de videoconferência) o julgamento sobre a possibilidade de a Petrobras vender subsidiárias sem consulta ao Congresso, quando já havia três votos contrários, mostra a preocupação do novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) com as conseqüências econômicas das decisões jurídicas.
A alta da popularidade do presidente Bolsonaro, confirmada pela pesquisa Ibope/CNI divulgada ontem, traz um paradoxo para o governo.