Aperitivo polêmico
Antes de colocar a outra mão na faixa presidencial, Bolsonaro anda metendo as duas mãos em cumbuca.
Antes de colocar a outra mão na faixa presidencial, Bolsonaro anda metendo as duas mãos em cumbuca.
O maior problema para o PT não é não ter conseguido formar a tal “frente democrática”, pode até ser que consiga, mas o tempo está curto e os fatos estão atropelando a estratégia.
Foi uma semana perdida para o candidato petista Fernando Haddad.
O resultado da eleição presidencial em Minas Gerais continua sendo o espelho do resultado final da eleição do Brasil.
O candidato Jair Bolsonaro deveria ser o primeiro a querer uma investigação rigorosa sobre os episódios de violência envolvendo seu nome nos últimos dias.
No jargão dos institutos de pesquisa, quando os gráficos mostram um desenho que distancia dois competidores de maneira clara, diz-se que “abriu a boca do jacaré”.
A primeira pesquisa do segundo turno do Data Folha mostra que a tarefa do petista Fernando Haddad de superar Bolsonaro continua sendo uma missão quase impossível.
A recomposição dos projetos dos candidatos Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, provocada por uma entrevista do Jornal Nacional de segunda-feira, além da boa notícia de que os dois abandonaram publicamente projetos de cunho autoritário, reafirma o peso da opinião pública numa sociedade democrática.
Entre mortos e feridos, poucos se salvaram, mas entre estes o PT, paradoxalmente, é um dos que resistiram à onda bolsonarista, apesar de derrotas emblemáticas em todo o país e de ter sido confinado ao nordeste, e mesmo assim não nas capitais e grandes cidades.
Na eleição mais radicalizada dos anos recentes, pontuada por declarações de ambos os líderes das pesquisas que remetem a ameaças à democracia, esse regime político, que, na frase famosa de Churchill, é o pior deles com exceção de todos os outros, aparece fortalecido pelos brasileiros em pesquisa Datafolha.
Mais uma das esquisitices desta eleição é a evidência de que os dois candidatos que lideram as pesquisas eleitorais ou não representam a maioria dos seus apoiadores, como é o caso de Bolsonaro, ou são meros prepostos do verdadeiro líder, o caso de Fernando Haddad.
A eleição de domingo embute uma definição do destino dos dois partidos que dominaram a política nacional nos últimos 25 anos. PT e PSDB chegam ao final da disputa em situações assimétricas, mas podem terminar em condições semelhantes.
Há muitas explicações para a subida de Bolsonaro nas pesquisas de opinião, reafirmada ontem pelo Ibope, e são tão variadas que o PT não sabe para onde atirar.
A delação do ex-ministro Antonio Palocci à Polícia Federal, finalmente homologada pelo TRF-4 e liberada para divulgação pelo Juiz Sérgio Moro, alegadamente para atender à defesa do ex-presidente Lula, caiu como uma bomba na campanha presidencial a seis dias do primeiro turno da eleição, e tem uma característica única: pode ser comprovada em grande parte pelas provas que já estão em poder do Judiciário, mais precisamente o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
No caso da proibição de Lula dar entrevistas antes da eleição, mais uma vez aconteceu uma tentativa do PT de utilizar a Justiça para validar uma jogada política.