O livro “Crônicas de Natal”, do Acadêmico Austregésilo de Athayde, é lançado na ABL

Foi lançado, dia 5 de dezembro, na Academia Brasileira de Letras, no Petit Trianon, o livro Crônicas de Natal, do Acadêmico Austregésilo de Athayde, ex-presidente da ABL, falecido em 1993, no Rio de Janeiro. A organização é de sua filha Laura Sandroni, escritora, jornalista, mestre em Literatura Brasileira e membro do Conselho Diretor da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). A editora Paulinas é responsável pela publicação.

“O que ficará na obra de Athayde, aquele momento em que ele se tornou história, não é a obra física que realizou na Academia. Permanecerá, sim, a palavra que define a dignidade do ser humano, a palavra que exige respeito ao ser humano”, afirma Laura Sandroni na apresentação do livro. Segundo ela, “A palavra não é sólida, não foi construída de ferro e cimento armado”. E encerra o texto afirmando que a palavra legada pelo Acadêmico Austregésilo de Athayde, “é a sua melhor herança”. As crônicas foram escritas pelo autor no decorrer dos anos 1950 e 1960.

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O autor

Austregésilo de Athayde nasceu em 25 de setembro de 1898, em Caruaru, Pernambuco. Seminarista em Fortaleza, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde ingressou em O Jornal e foi diretor dos Diários Associados. Liberal e democrata, apoiou a Revolução de 1932 e permaneceu no exílio até 1934.

Mesmo sob censura, escreveu contra o Estado Novo, o nazismo e o fascismo. Trabalhou como redator, pelo Brasil, da Declaração dos Direitos Humanos promulgada na Assembleia da ONU, realizada em Paris em 1948. Foi um dos primeiros a escrever contra o golpe militar de 1964. Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1951, tornando-se Presidente em 1958, cargo que exerceu por 35 anos, durante os quais construiu o prédio que hoje leva o seu nome e constitui a base econômica das atividades culturais da instituição.

Austregésilo de Athayde foi o terceiro ocupante da Cadeira 8 da ABL, eleito em 9 de agosto de 1951. Antes de sua posse, ocuparam a mesma cadeira, que tem como patrono o poeta Claudio Manoel da Costa, Alberto de Oliveira (fundador) e Oliveira Viana. Os que o sucederam foram: Antonio Callado, Antonio Olinto e Cleonice Berardinelli (atual).

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6/12/2013