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ABL na mídia - Folha de São Paulo - Passado, presente e futuro da educação

 

Dentro da sua programação cultural, a Academia Brasileira de Letras selecionou Antônio Gois, filho do jornalista Ancelmo Gois, para falar sobre "Passado, Presente e Futuro da Educação". Ele iniciou sua palestra afirmando que a romantização do passado prejudica a conceituação do que se entende por educação brasileira.

A primeira promessa não cumprida ocorreu em 1822, com dom Pedro 1º. Vieram outras, sobretudo no sistema de alfabetização. Queremos um sistema público aberto a todos. Queremos a democratização da educação, mas estamos atrasados nesse processo.

A primeira escola de formação de professores foi criada em Niterói, mas não houve continuidade. Os apoios financeiros sempre foram precários. Com a expansão da cultura do café, poderia ter crescido o interesse pela capacitação de docentes, mas o que aconteceu foi uma exclusão de massa. Não há educação pública de qualidade.

Na reforma promovida pelo ministro Gustavo Capanema na Era Vargas, o ensino pré-vocacional foi destinado às classes menos favorecidas. Não cumpriu totalmente seus objetivos. Os pobres são as maiores vítimas desse sistema injusto. Nossa educação é deficiente. Estamos formando analfabetos funcionais.

Sobre o futuro, não cremos que a máquina irá resolver os nossos problemas. Vamos depender de muita criatividade. Temos que estimular o ensino técnico-profissional, para a expansão do ensino médio. Devemos desenvolver um ensino crítico, capaz de resolver problemas complexos.

Não demora muito e a inteligência artificial começa a tirar emprego de seres humanos. Aliás, isso já ocorre em algumas áreas, como se tem registro. Isso deve mudar nossa interação com a vida. A inteligência artificial generativa cria mundos tridimensionais, a uma simples solicitação nossa.

Robôs humanoides podem assumir parte importante das nossas tarefas do cotidiano. É possível que surjam empresas bilionárias com uma só pessoa, trabalhando com agentes de inteligência artificial. Teremos uma IA melhor para a humanidade.

Vamos redefinir o que é inteligência. É uma característica do ser humano, a que se deve aliar o que é emoção e a capacidade de estabelecer relações, como devemos fazer com a China.

Matéria na íntegra: https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2025/10/passado-presente-e-futuro-da-educacao.shtml

07/10/2025