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Artigos

  • O cuspe e o tiro

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 27/09/2005

    Uma pergunta baila no ar, como aquele vaga-lume do soneto machadiano: diante de tanto descalabro na política nacional, não haverá clima para um golpe de Estado, promovido pelos militares ou mesmo pela sociedade civil indignada com tanta e tamanha corrupção?

  • Desta vez, vamos?

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 26/09/2005

    Há indignação nos meios especializados contra a indicação de "Dois filhos de Francisco" para concorrer ao prêmio de melhor filme estrangeiro na próxima entrega dos Oscars, que acredito seja em março do ano que vem.

  • A grande vingança

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 25/09/2005

    Desde criança ouvia dizer que não se deve brincar com mulher. Por favor, me entendam. Brincar não significava, nesta advertência, fugir delas, deixar de amá-las, de transar com elas quando possível e com a obrigação suplementar de tentar até o impossível. "Brincar" era não levá-las a sério, baseados na inexistente fragilidade feminina, não temê-las na capacidade de suas cóleras e vinganças.

  • a polícia e o ladrão

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 24/09/2005

    Muito se tem falado em ética, transparência e, sobretudo, em "sociedade". Decepcionada com a vida pública em seus diversos escalões, é natural que haja choro e ranger de dentes de todos nós. Guardadas as exceções de praxe, tudo parece contaminado pela corrupção e pelo crime.Há pelo menos dois meses, governo, partido no poder, Câmara dos Deputados, algumas instituições bancárias e previdenciárias, empresas de telefonia etc. estão sendo investigadas como pasto de escândalos.

  • Lembranças do grande peixe fosforescente

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 23/09/2005

    Mulher bonita, mais que bonita: impressionante. Talvez nem fosse bonita, mas bastava olhá-la para nunca esquecê-la. O rosto projetado para frente, um tipo eslavo, silencioso, pupilas claras que olhavam o mundo sem nunca deixar de ver dentro -sua pátria era ela mesma, aquilo que hoje poderemos chamar de "praia".

  • O som carinhoso

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 22/09/2005

    Um pequeno acidente em casa e precisei chamar, entre outros quebradores de galho, um envernizador que atende pelo nome de Adhemar, isso mesmo, Adhemar com "h", que me parece mais solene e confiável do que um Ademar.

  • Milagre dos milagres

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 21/09/2005

    Por mais que me esforce, lendo, ouvindo e vendo toda a indignação motivada pela corrupção reinante, não consigo esquecer a inutilidade dos castigos, por mais merecidos que tenham sido no passado ou no presente.

  • Considerações sobre a Máfia

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 20/09/2005

    O camarada entrou no táxi e ordenou ao motorista: "Depressa! Siga aquele carro antes que ele nos siga!". Pelo título que dei à crônica, ela seria mais uma das milhares que estão sendo produzidas pela mídia a propósito da crise de escândalos na vida nacional.

  • Robert Wise

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 19/09/2005

    Dos cineastas estrangeiros que conheci pessoalmente, embora superficialmente, três deles me impressionaram: Stanley Donen, ("Cantando na Chuva"), num almoço aqui no Rio, em companhia do Zevi Ghivelder; Federico Fellini, num almoço em Roma, no Gigi Fazzi, uma espécie de churrascaria que não mais existe, e Robert Wise, com quem passei um fim de semana em Teresópolis, na casa de Adolpho Bloch.

  • A crise e o Sacudo

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 18/09/2005

    Poucas vezes na história da mídia universal houve tal e tamanha unanimidade em reprovar o mal e elogiar o bem. Não se trata da burrice banal atribuída a qualquer tipo de unanimidade. Pelo contrário: é um consenso inteligente, e direi mais, um consenso mais do que esforçado. Há uma concorrência feroz na disputa pela "pole position" de quem é ou fica mais indignado.

  • O admirável mundo pior

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 17/09/2005

    Muito me comovo quando ouço augustos personagens de nossa vida pública, políticos, empresários, intelectuais, líderes disso e daquilo, afirmando que tudo estão fazendo para deixar um mundo e um Brasil melhores para seus netos.

  • A primeira noite em Paris

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 16/09/2005

    O ônibus da Air France me deixa na gare dos Inválidos, "Invalides", com mais um inválido agora. Retiro minhas duas malas, dou gorjeta ao homem que me ajuda, olho em torno, vejo a placa em cima de um poste, "Tête de station", podia arranjar um táxi.

  • Considerações sobre o trigo

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 15/09/2005

    A pátria, segundo Rui Barbosa, é a família amplificada. Aceitando a definição, a família seria o indivíduo amplificado. Não mais se cita Rui Barbosa como antigamente, mas, vez por outra, ele é lembrado, sobretudo com aquela famosa dissertação sobre a decadência de usos e costumes: de tanto ver desprezadas a moral, a justiça, a dignidade etc. etc., o homem deixa de crer na moral, na justiça, na dignidade etc. etc.

  • Severino e os índios

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 14/09/2005

    A concorrência da mídia em vencer a disputa de quem está mais enojado com o presidente da Câmara chegou ao ponto de decretar Severino um cadáver, seja ou não provada a propina que teria recebido, propina já promovida a extorsão.

  • Verdades e mentiras

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 13/09/2005

    Muita coisa acontecendo - e ao mesmo tempo. Um sinal dos tempos, um tempo que não deixa de ser chato, que não dá tempo para a gente ter tempo em pensar e se preocupar com outras coisas além do tempo.