
Ajuda inconveniente
Ao contrário do que parece pensar o governo brasileiro, o Ocidente democrático ainda tem bons exemplos e conselhos a dar.
Ao contrário do que parece pensar o governo brasileiro, o Ocidente democrático ainda tem bons exemplos e conselhos a dar.
A intenção sempre foi salvar Bolsonaro, como se com isso conseguissem que ele pudesse se candidatar à eleição presidencial do próximo ano.
A manobra para livrar o ex-presidente Bolsonaro e seus comparsas não deu certo, mas criará uma crise institucional que poderia ser evitada se não existisse por parte da maioria da Câmara uma vontade de confrontar o Supremo em defesa do ex-presidente.
Como a crise promete permanecer no centro do debate político, a corrupção, que nas pesquisas de opinião já não aparecia como problema prioritário para a população, voltará a ser tema de campanha.
Estamos estagnados em políticas sociais fundamentais, como a redução da taxa de pobreza e do analfabetismo funcional.
Apoiar a Rússia sem uma visão crítica na guerra contra a Ucrânia nos coloca em divergência com o Ocidente.
As maiores bancadas do Congresso estão nas mãos da oposição: PL, PSD e agora a nova federação, que se transforma na maior força partidária, com 109 deputados, 14 senadores, 1.330 prefeitos e seis governadores.
A negociação política parece bem adiantada, retirando a aparência de revanche das penas excessivas já determinadas, mas mantendo o rigor com os financiadores e organizadores da tentativa de golpe, nisso incluídos os generais e Bolsonaro.
O Brasil, também graças ao Supremo, regrediu no combate à corrupção pela desconstrução da Operação Lava-Jato, com incoerências que vão se acumulando no cotidiano.
Até os partidos tidos como de esquerda se preocupam mais com suas finanças e arranjos políticos que com os do governo, que não tem, por seu lado, planos que projetem o país para o futuro.
O Supremo tornou-se a saída para o governo e, em consequência, importante peça política na disputa entre os Poderes da República.
Há dois líderes populares no Brasil. Um de direita, Jair Bolsonaro, e outro de esquerda, Lula.
Como dar asilo a alguém acusado de corrupção? Acusação de corrupção não tem nada a ver com política — ou tem, na visão do PT.
Crise institucional que abrange os três Poderes da República vem sendo armada com a discussão sobre a anistia aos acusados do golpismo
A abrangência do projeto de anistia é tão ampla que atinge fatos antecedentes e subsequentes ao que chamam de “manifestações com conotação política ou eleitoral” entre os dias 8 de janeiro de 2023 e a entrada em vigor da lei.