A terceira edição do Ciclo de Conferências 2007 da Academia Brasileira de Letras é dedicada à continuação de temas ligados à Literatura Brasileira. Sob a coordenação do acadêmico Domício Proença Filho, o evento trará para o Salão Nobre do Petit Trianon, nesta terça-feira, o olhar da escritora Laura Sandroni para o universo infanto-juvenil.
Em "A literatura infanto-juvenil no Brasil", Laura irá comentar desde o primeiro livro editado para crianças, “Contos da Carochinha” (1894), de Figueiredo Pimentel até o recente “Lampião e Lancelote”, de Fernando Pimentel (Edição da Cosac Naify e premiado na Feira de Bolonha), passando pelos textos e traduções de Olavo Bilac para o público infantil.
__ Muitos acadêmicos escreveram obras infanto-juvenis. Entre eles, Menotti Del Picchia, Viriato Correia, José Lins do Rego, Josué Montello, Rachel de Queiroz e Orígenes Lessa, entre os já falecidos.
A escritora ainda destaca a força da literatura infanto-juvenil no Brasil com o fato, entre outros, do país ter sido o único latino-americano a ter recebido o Prêmio H.C. Andersen - dado à Lygia Bojunga e Ana Maria Machado pelo conjunto da obra, em 2000.
Conheça a conferencista:
Laura Sandroni
A escritora fez parte do grupo que em 1968 criou a Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, instituição pioneira no estudo e na divulgação da literatura para crianças e jovens no Brasil, filiada ao International Board on Books for Young People (IBBY) – órgão categoria C da UNESCO. Laura Sandroni dirigiu a Fundação por 16 anos.
Trabalhou durante 11 anos na Fundação Roberto Marinho criando projetos de estímulo à leitura como Ciranda de Livros. A Viagem de Leitura e Quem Lê Jornal Sabe Mais com o jornal O Globo também teve a participação da escritora.
Entre 1975 e 2002, Laura manteve uma coluna semanal no jornal O Globo de crítica de livros destinados a crianças e jovens, acompanhando durante 27 anos o crescimento da produço editorial brasileira para essa faixa.
Publicou três livros sobre o assunto: A criança e o livro: guia prático de estímulo a leitura, organizado com Luiz Raul Machado e editado pela Ática; De Lobato a Bojunga, as reinações renovadas, sua dissertação de mestrado, hoje em segunda edição pela editora AGIR e premiada pela APCA na categoria ensaio em 1986, ano de sua publicação e Ao longo do caminho, uma seleção de suas colunas publicadas em O Globo, editados pela Moderna e considerado Altamente Recomendável pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, em 2003.
É autora ainda, junto com o marido Cícero Sandroni, da biografia de seu pai, intitulada Austregésilo de Athayde, o Século de um Liberal, publicado pela AGIR. A obra recebeu o Prêmio José Ermírio de Moraes, da Academia Brasileira de Letras, em 1999.
Dirige a coleção “Novas Seletas” para a Nova Fronteira, na qual são revisitados até o momento, oito grandes clássicos nacionais. Laura Sandroni faz parte do Conselho Curador da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, participa de seminários e congressos no Brasil e no exterior, e há um ano se tornou Membro Honorário de IBBY, honraria conferida pela primeira vez a um latino-americano.
15/05/2007 - Atualizada em 14/05/2007