O Presidente da Academia Brasileira de Letras, professor Marco Lucchesi, recebeu, terça-feira, dia 16 de abril, a visita dos curumins da aldeia guarani da Mata Verde Bonita, de Maricá, Rio de Janeiro. O passeio foi uma aventura desde o início, pois muitos nunca tinham saído da comunidade e tudo foi uma novidade só, entre elas os edifícios do Rio de Janeiro e o elevador da ABL, por exemplo, sem contar as demais dependências e a própria história da instituição. Vieram 14 das 20 crianças da comunidade, que tem uma população de 105 indígenas. O professor e indigenista José Bessa participou da visita.
Marco Lucchesi recebeu seus visitantes no Salão Nobre da ABL. Ao chegar, tendo ao lado os curumins, uma surpresa. Muitos funcionários lá estavam, aguardando o momento de as crianças cantarem uma música em guarani (oreru nhamandú tupã oreru, que significa, em tradução livre, “nossos pais são o sol e o trovão). Antes do cântico, Lucchesi agradeceu e lembrou que a escola da aldeia Para Poti Nhë ë Já (nome em guarani da mãe da cacica Jurema Nunes de Oliveira e pajé da tribo) mantinha a cultura e as raízes indígenas, inclusive o idioma, independentemente de adotar aulas também em português. A cacica agradeceu a oportunidade de estar na Academia, lembrando que nunca imaginara essa possibilidade.
Os curumins, lancharam, no pátio interno, acompanhados da cacica, antes e depois da visita, na qual foram orientados pelos atores Paula Sandroni e Alexandre Mofati que, com roupas da época da fundação da ABL, contaram a história da Academia, desde as primeiras reuniões até os dias atuais, enquanto passeavam pelas dependências do Petit Trianon. Antes, estiveram no Centro Cultural do Brasil, onde conheceram o Espaço Machado de Assis, o Teatro R. Magalhães Jr., as dependências do Arquivo Múcio Leão e a exposição permanente que fica no primeiro andar. No livro de visitas, assinalaram a presença escrevendo seus nomes em guarani e português.
16/04/2019