O Acadêmico, escritor e diplomata João Almino lançou o seu novo e oitavo romance “Homem de Papel”, publicado pela editora Record. O livro foi lançado no dia 12 de abril, às 19h, na Livraria da Travessa. A conversa, que contou com a presença do escritor Luiz Rufatto, foi transmitida ao vivo no canal de Youtube da livraria. Esse é o segundo livro do Acadêmico após entrar para a Academia Brasileira de Letras.
Na obra, o Acadêmico resgata o personagem-narrador conselheiro Aires, de Machado de Assis, e o transporta para os dias atuais, em que é necessário se adaptar à velocidade com que as notícias se multiplicam na era das redes sociais.Se no "Esaú e Jacó", de Machado de Assis, o conselheiro está numa trama sobre dois irmãos que disputam a mesma mulher e defendem regimes políticos contrários (Monarquia e República), em "Homem de papel" ele ganha protagonismo metamorfoseado em livro, do qual consegue escapar para o mundo real, regido pela ignorância e estupidez. Diferente do final do século XIX e início do XX, o livro aborda que agora cada notícia gera milhões de “verdades”, cujas consequências muitas vezes são irreparáveis.
O Acadêmico
João Almino é um dos escritores mais importantes da literatura nacional. É autor dos romances “Enigmas da primavera” e “Entre facas, algodão”, publicados pela Record. Alguns de seus livros foram traduzidos para inglês, francês, espanhol e italiano. Possui, também, escritos de história e filosofia política, que são referência para os estudiosos do autoritarismo e a democracia. Entre estes, "Os Democratas Autoritários" (1980), "A Idade do Presente" (1985), "Era uma Vez uma Constituinte" (1985) e "O Segredo e a Informação" (1986). É também autor de "Naturezas Mortas – A Filosofia Política do Ecologismo" (2004), de "Brasil-EUA: Balanço Poético" (1996), "Escrita em contraponto" (2008), "O diabrete angélico e o pavão: Enredo e amor possíveis em Brás Cubas" (2009), "500 Anos de Utopia" (2017) e "Dois ensaios sobre Utopia" (2017). Também é autor de ensaios literários. Doutorou-se em Paris, orientado pelo filósofo Claude Lefort.
08/04/2022