A quarta edição da série Música de Câmara buscou inspiração no compositor Johann Sebastian Bach (1685-1750) para mais um concerto em homenagem às músicas que o escritor Machado de Assis ouvia.
No dia 6/6, Maria Clodes Jaguaribe e Gustavo Torres (piano), Ana de Oliveira (violino), Caio César (regência e transcrições orquestrais) e Orquestra AcariOcamerata subiram ao palco do Teatro R. Magalhães Jr. para a apresentação "Bach à brasileira".
O evento encontra-se disponível em vídeo e fotografia para consulta no Arquivo Múcio Leão.
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Maria Clodes Jaguaribe
Com uma carreira praticamente toda feita fora do país, a artista já tocou nos mais célebres palcos da Europa e dos Estados Unidos, tendo suas apresentações sempre festejadas pela crítica e pelo público. Radicada em Boston há cerca de 40 anos, é uma das mais conceituadas mestras do departamento de piano na Escola de Música da Universidade daquela cidade.
Desde 1976 é diretora das classes de verão para jovens pianistas do famoso Festival de Tanglewood. Como seu projeto artístico mais importante, realizou a gravação integral da obra para piano de Schumann. Sob direção do premiado cineasta alemão Sylvestre Campe, está gravando um DVD/documentário em que mescla as obras de Bach, Schubert e Villa-Lobos e reconta sua trajetória.
Maria Clodes apresenta-se como solista de orquestras, recitalista e membro de ensembles de câmara altamente qualificados. Desde 2006 intensificou suas aparições no Brasil apresentando-se na III Mostra Internacional de Música, em Olinda e no XII Rio International Cello Encounter.
Luis Gustavo Torres
Laureado em concursos nacionais, Luis Gustavo Torres graduou-se em piano pela UNIRIO e atualmente, cursa o mestrado na Escola de Música da UFRJ. Paralelamente à sua formação acadêmica, tem se aperfeiçoado no Brasil e na Europa, em eventos como a VIII Semana Internacional de Piano em Óbidos, em Portugal, e o III Fórum Internacional de Música Barcelona Ciutat, na Espanha.
Fazem parte de sua formação importantes nomes como Luiz Carlos de Moura Castro (Brasil), Serguei Dorenski (Rússia), Eugene Pridonoff (Rússia), Jörg Demus (Áustria), Michel Dalberto (França), Franco Medori (Itália), Gilberto Tinetti (Brasil), e Edson Elias (Brasil), entre outros.
Luis Gustavo desenvolve também atividade docente em sua cidade natal, em projeto de formação musical que inclui a Sinfônica de Barra Mansa, ministrando aulas de piano e teoria para turmas de músicos da Orquestra. Recentemente apresentou-se como solista no Rio International Cello Encounter e na Mostra Internacional de Música, em Olinda. É coordenador do Bacharelado em Música do Centro Universitario de Barra Mansa.
Ana de Oliveira
Natural de São Paulo, iniciou seus estudos musicais aos cinco anos. Foi aluna de Lola Benda, Uwe Kleber e, posteriormente, de Rainer Kußmaul e Federico Agostini, na Alemanha, onde se graduou na Escola Superior de Música, em Freiburg.
Foi spalla da Orquestra Sinfônica Jovem Municipal de São Paulo, entre 1983 a 1986. Como solista, atuou em diversas orquestras no Brasil e na Europa, como a Sinfônica Estadual de São Paulo e o Heidelberger Kammerorchester.
Atuou em festivais no Brasil e exterior como o Festival de Montreux (Suíça), La Villette (Paris), Warschauer Herbst (Polônia), Donaueschingen (Alemanha), Rio International Cello Encounter, Mostra Internacional de Música de Olinda, Campos de Jordão e outros.
É uma das spallas da Orquestra Sinfônica Brasileira e violinista do Quarteto da UFF. Apresentou-se ao lado de grandes nomes da música brasileira e internacional como a pianista Maria Clodes, Egberto Gismonti e o Quinteto Villa- Lobos.
Caio Cezar
Violonista, produtor musical e arranjador, tem longo currículo na área de pesquisa musical brasileira. Nasceu em Pernambuco, estudou violão na Universidade Federal de Pernambuco com o Prof. Carrion Domingues. No Rio de Janeiro estudou arranjo e orquestração com o maestro Ian Guest.
Como solista, gravou o CD Caio Cezar interpreta João Pernambuco que lhe rendeu a indicação para o Prêmio Sharp. Compôs trilhas sonoras para teatro e cinema, incluindo o desenho animado Alma Carioca, sobre Pixinguinha e João da Baiana, vencedor do Prêmio Petrobras. Como pesquisador trabalha no levantamento das obras de Canhoto da Paraíba e Pixinguinha - colaborando com o Instituto Moreira Salles. É diretor do Centro de Ópera de Acari, que reúne 250 jovens da comunidade de Acari no Rio de Janeiro. Do projeto surgiu a orquestra de cordas dedilhadas AcariOcamerata, que vem se destacando junto a crítica e o público.
Repertório "Bach à brasileira
Johann Sebastian Bach (1685-1750)
2 Fugas para orquestra (transcrição de Caio Cezar)
Prelúdio e Fuga em Dó menor do “Cravo Bem Temperado”
Frèderic Chopin (1809-1847)
Noturno em Dó menor, op.48 No 1, para piano
Johann Sebastian Bach (1685-1750)
Largo do Concerto para piano e cordas em Fá menor, BWV 1056 (transcrição de Caio Cezar)
Adágio e Presto da Sonata para violino solo em Sol menor, BWV 1001
Allegro do Concerto para violino e Orquestra em Mi maior, BWV 1043 (transcrição de Caio Cezar)Prelúdio em Lá menor, BWV 543, para piano (transcrição de F.Liszt)
Allegro do Concerto para piano e Cordas em Ré maior, BWV 1052 (transcrição de Caio Cezar)
Jacó do Bandolim (1918-1969)
Santa Morena
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02/06/2008 - Atualizada em 01/06/2008
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