No dia 19 de novembro, quarta-feira, às 12h30min, a série "MPB na ABL" exalta as origens do choro com polcas, quadrilhas, lundus e valsas que compõem o painel musical da Homenagem a Joaquim Antonio da Silva Callado, cujos 160 anos de seu nascimento transcorreram em julho passado.
Clique aqui para assistir ao vivo.
Trata-se de um show instrumental que reunirá, no palco do Teatro R. Magalhães Jr., músicos especialistas na obra do grande compositor, contemporâneo de Anacleto de Medeiros, Chiquinha Gonzaga e outros que deram origem ao choro.
Maurício Carrilho (violão), ao lado de Antonio Rocha (flauta), Anna Paes (violão), Pedro Paes (clarinete) e Luciana Rabello (cavaquinho), escolheu um repertório de uma vasta obra de Callado em que o alto grau de musicalidade está diretamente vinculado ao conteúdo histórico de cada uma das músicas.
A peça mais conhecida, e que abre o show, é a polca Flor amorosa, composta por Callado em 1880 e que recebeu letra de Catulo da Paixão Cearense. Seguem-se outras polcas e lundus, estes um gênero que chegou ao Brasil trazido pelos escravos na segunda metade do século XVIII, e que se tornou um dos principais elementos formadores do choro.
A cada peça executada corresponde uma pequena informação, dando conta de sua origem e/ou importância em toda a produção de Callado. Um exemplo é o Lundu característico, apresentado como peça de concerto em 1873, ou a quadrilha Manuelita.
Afirma Maurício Carrilho que quase 1/3 da obra de Callado é composta por quadrilhas, gênero que chegou ao Brasil no tempo da Regência, pelo modelo francês da contradança a dois ou quatro pares. "A quadrilha está sempre associada à dança".
Compõem também o repertório as polcas Cruzes, minha polca, publicada em 1875 e um dos grandes sucessos de Callado; Improviso, Linguagem do Coração, Puladora, Salomé e Querida por todos; e a única valsa que ele compôs e que, talvez por isso mesmo tenha recebido o nome de Valsa.
19/11/2008
12/11/2008 - Atualizada em 12/11/2008