A Academia Brasileira de Letras convidou para a série MPB na ABL que aconteceu no dia 9 de dezembro, quarta-feira, às 12h30, no Teatro R. Magalhães Jr., uma única apresentação com o espetáculo solo musical “Meu Caro Amigo”, inspirado na obra de Chico Buarque de Hollanda, com a presença da atriz Kelzy Ecard, recente vencedora do Prêmio APTR (Associação dos Produtores de Teatro do Rio de Janeiro) de Melhor Atriz Coadjuvante por seu trabalho em “Rasga Coração”. O espetáculo, depois de duas temporadas de sucesso no Rio de Janeiro, teve uma turnê lotada pelo Nordeste.
“Meu Caro Amigo” não é um espetáculo biográfico sobre o compositor, mas uma ficção que busca, estabelecer um diálogo entre memória individual e memória nacional. Entendendo a música como poderoso veículo de compartilhamento de memória, o objetivo é despertar no espectador a lembrança de sua própria história, ao mergulhar na saga da personagem Norma, embalada pelas canções de Chico.
Com o texto de Felipe Barenco, a direção de Joana Lebreiro (diretora dos bem sucedidos musicais sobre Antonio Maria, Mario Lago e Ary Barroso) e a direção musical de Marcelo Alonso Neves (Renato Russo), o evento teve entrada gratuita e transmissão ao vivo pelo Portal da ABL.
Saiba mais
Sinopse
“Meu Caro Amigo” conta a história de Norma, fã ardorosa de Chico Buarque, 50 anos, professora de História do Brasil que viveu a segunda metade do século XX de forma intensa e apaixonada.
Embalada e inspirada pelas canções de Chico, Norma resolve declarar seu amor publicamente, compartilhando suas memórias com o público, navegando entre a sua história pessoal e a história recente do país.
Sobre a peça
A trilha sonora é o grande motivador do espetáculo – a música de Chico é personagem fundamental, que interage com a vida particular da personagem em meio a acontecimentos marcantes dos últimos 50 anos. As músicas do espetáculo serão apresentadas em execução ao vivo com arranjos originais e reprodução de gravações em versões consagradas.
Ao contar a história desta fã em particular, a peça pretende abranger as relações entre qualquer fã e seu ídolo: relações que, mesmo misturadas a idealizações e fantasias, acabam por traduzir um afeto genuíno e inusitado, pela capacidade de se encantar tão fortemente com alguém que só se vê de longe e só se conhece pela sua arte. O verdadeiro fã, ainda que muito discreto, parece acreditar que sua vida se torna mais especial com a existência desse sentimento.
9/12/2009
06/12/2009 - Atualizada em 06/12/2009