A Academia Brasileira de Letras tem a honra de convidar para o ciclo de conferências sobre o centenário de morte de Joaquim Nabuco, com a presença do jurista e diplomata brasileiro Rubens Ricupero, falando sobre "A diplomacia de Joaquim Nabuco e as questões de fronteiras"
A palestra, que tem a coordenação do Presidente da ABL Marcos Vilaça, será realizada no dia 15 de abril, às 17h30min, no Teatro R. Magalhães Jr.
A primeira fase do Ciclo de Conferências Centenário de Morte de Joaquim Nabuco contou com as participações do Professor Fernando Henrique Cardoso, abrindo o ciclo e falando sobre "Democracia e memória em Joaquim Nabuco"; Roberto Cavalcanti de Albuquerque, falando sobre "Nabuco e o Recife"; e do Acadêmico Alfredo Bosi, falando sobre “Joaquim Nabuco memorialista".
O evento tem entrada franca. Os inscritos na primeira conferência, realizada dia 18/3, estão automaticamente inscritos nas demais palestras do ciclo. Serão fornecidos certificados de frequência.
A conferência será transmitida ao vivo pelo Portal da ABL e tem o patrocínio da Petrobras.
Observação: A conferência de Rubens Ricupero foi transferida para o dia 15/4 devido às fortes chuvas que aconteceram no Rio de Janeiro no dia 6/4.
Saiba mais
Rubens Ricupero é bacharel pela Faculdade Direito da Universidade de São Paulo e diplomata formado pelo Instituto Rio Branco. Iniciou a carreira em 1961, como Oficial de Gabinete dos Ministros das Relações Exteriores Afonso Arinos e San Thiago Dantas, sucessivamente. Serviu nas embaixadas em Viena, Buenos Aires, Quito e Washington e foi Chefe do Departamento das Américas do Itamaraty em Brasília. Ensinou Teoria das Relações Internacionais e História Diplomática na Universidade de Brasília e no Instituto Rio Branco.
Assessor internacional de Tancredo Neves, acompanhou-o na viagem ao exterior em 1985, sendo nomeado Subchefe da Casa Civil da Presidência da República, onde permaneceu como Assessor Especial do Presidente José Sarney. Em 1987, tornou-se Embaixador junto às Organizações das Nações Unidas em Genebra, inclusive o Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT). Nesse período, que coincidiu com a maior parte da Rodada Uruguai, foi eleito Presidente do Conselho de Representantes (1990) e Presidente das Partes Contratantes do GATT (1991). Embaixador nos Estados Unidos da América (1991-1993), deixou o posto ao ser nomeado Ministro do Meio Ambiente e da Amazônia Legal no governo do presidente Itamar Franco (1992-1994).
Sucedeu, em inícios de abril de 1994, como Ministro da Fazenda, a Fernando Henrique Cardoso, dando continuidade ao Plano Real de estabilização econômica iniciado pelo antecessor. Correspondeu à sua gestão a preparação e o lançamento da nova moeda, o Real, em 1º de julho de 1994.
Assumiu em 1995 a embaixada do Brasil em Roma e em setembro do mesmo ano foi eleito pela Assembléia Geral da ONU como Secretário Geral da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD). Reeleito para segundo mandato, teve ainda a gestão prorrogada por um ano mais, permanecendo à testa da UNCTAD de 1995 a 2004, fase em que exerceu também o cargo de Subsecretário Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
De volta ao Brasil, tornou-se diretor da Faculdade de Economia e Relações Internacionais da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), São Paulo e presidente do Conselho do Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial, bem como membro de várias fundações culturais e ambientais no Brasil e no exterior. Escreve regularmente na imprensa.
Publicou O Barão do Rio Branco (1995), Visões do Brasil (1996), O ponto ótimo da crise (1998), Rio Branco: o Brasil no mundo (2000), O Brasil e o dilema da globalização (2001), Esperança e Ação (2002), Folha explica a ALCA (2003) e Diário de Bordo-A viagem de Tancredo Neves ao exterior (2010).
12/4/2010
05/04/2010 - Atualizada em 04/04/2010