A Academia Brasileira de Letras, em parceria com a Sala de Cultura Leila Diniz, inaugurou dia 11 de janeiro, a exposição Dinah, Caríssima Dinah, como parte das comemorações pelo centenário de nascimento da Acadêmica, que completaria 100 anos de vida no dia 9 de novembro de 2011.
A exposição, que ficará aberta ao público até o dia 30 de janeiro na Sala Cultural Leila Diniz em Niterói - com entrada franca, contará, em vitrines, a vida da escritora desde seu nascimento em São Paulo (SP), passando por sua fase como contista, romancista e cronista, terminando com sua atuação como Acadêmica. A curadoria é do poeta Alexei Bueno.
Os visitantes poderão conhecer a fundo a vida de Dinah Silveira de Queiroz, por intermédio da mostra multimídia, com exibição de filmes, transmissão de programas de televisão, textos, desenhos, pinturas e gravações, inclusive com a da atriz Inez Viana, que lerá a carta que Dinah enviou no dia de seu casamento para seu segundo marido, Embaixador Dário de Castro Alves. Haverá também a mostra de objetos pessoais, além de uma coleção de fotografias inéditas da escritora, primeiras edições de seus livros e textos manuscritos.
A abertura da exposição aconteceu no dia 11 de janeiro, às 11h, na Sala de Cultura Leila Diniz (Rua Heitor Carrilho, 81, Centro - Niterói - Telefone: 2717-4141). A visitação poderá ser feita de segunda a sexta, das 10h às 17h e aos sábados, das 14h às 17h.
Saiba mais
Dinah Silveira de Queiroz, autora, entre outros, do romance “A Muralha” – que virou minissérie da Rede Tupi, em 1961, da Rede Excelsior, em 1968, e da Rede Globo, em 2000 – foi a segunda mulher a ser eleita para a ABL, em 10 de julho de 1980.
Sétima ocupante da Cadeira nº 7 da ABL, eleita em 10 de julho de 1980, na sucessão de Pontes de Miranda, Dinah Silveira de Queiroz, romancista, contista e cronista, nasceu em São Paulo (SP) no dia 9 de novembro de 1911, e faleceu no Rio de Janeiro (RJ) em 27 de novembro de 1982. Seu primeiro trabalho literário recebeu o título de “Pecado”, seguido da novela “A sereia verde”. Seu grande sucesso viria em 1939, com o romance “Floradas da serra”, contemplado com o Prêmio Antônio de Alcântara Machado, da Academia Paulista de Letras, e transposto para o cinema em 1955.
Outras obras se seguiram também com grande sucesso. Em 1954, publicou o romance “A muralha”, em homenagem às comemorações dos IV Centenário da Cidade de São Paulo. Ainda nesse ano, a Academia Brasileira de Letras lhe conferiu o Prêmio Machado de Assis, pelo conjunto de sua obra. Em 1957, publicou o volume de contos “As noites do morro do encanto”, e recebeu o Prêmio Afonso Arinos da Academia Brasileira de Letras. A escritora viveu os últimos anos em Lisboa, onde seu segundo marido, o embaixador Dário de Castro Alves, chefiava a representação diplomática do Brasil. Lá, escreveu seu último romance, “Guida, caríssima Guida”, publicado em 1981.
12/1/2012