A Presidente da Academia Brasileira de Letras, Acadêmica Ana Maria Machado, coordenou a mesa-redonda em comemoração ao centenário de nascimento do antropólogo, sociólogo e jurista Manuel Diegues Júnior, que se completará no dia 10 de setembro. O convidado especial foi o cineasta Cacá Diegues, filho do homenageado. Os demais participantes foram o sociólogo e professor Carlos Sandroni e a museóloga Claudia Marcia Ferreira. O evento aconteceu no dia 16 de agosto, quinta-feira, às 17h30min, Sala José de Alencar, 280 lugares, na sede da Academia, na Avenida Presidente Wilson 203, Castelo, Rio de Janeiro.
O evento teve entrada franca e transmissão ao vivo pelo Portal da ABL.
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Manuel Diegues Júnior
Manuel Diegues Júnior, um dos mais destacados antropólogos brasileiros, reconhecido internacionalmente, nasceu em Maceió, Alagoas, a 21 de setembro de 1912. Formou-se bacharel em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade de Direito do Recife (1935). Interessou-se pela sociologia e frequentou diversos cursos dessa especialidade, inclusive com os professores estrangeiros que vieram ao Brasil, nos anos trinta e quarenta, para estruturar o ensino da disciplina. Veio a ser professor de antropologia cultural e antropologia no Brasil e diretor do Departamento de Sociologia e Política da PUC-RJ. Teve intensa participação nos estudos relacionados ao folclore e no órgão público constituído para coordená-los. Deu cursos de sua especialidade em universidades estrangeiras. Pertenceu à American Anthropological Association e ao Instituto Histórico Brasileiro, entre outras instituições culturais, tendo presidido a Associação Latino Americana de Sociologia. Faleceu no Rio de Janeiro em 1991. Entre seus livros publicados, muitos de grande destaque para o estudo da formação da identidade do brasileiro, estão História e folclore do Nordeste, População e açúcar no Nordeste do Brasil, Introduccion a la sociologia nacional, editado no México, e Etnias e culturas no Brasil.
Cacá Diegues
Cacá Diegues, seu filho, é cineasta. Nasceu em Alagoas em 1940. É considerado um dos mais importantes diretores de cinema no Brasil. Suas obras defendem a liberdade de expressão e de ideias. Começou a filmar no início da década de 60, realizando curtas-metragens. Já como profissional, dirigiu o documentário Oito Universitários e o episódio Escola de Samba Alegria de Viver, de Cinco Vezes Favela, filme produzido em 1962 pelo Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes, considerado um dos marcos do cinema novo. Em 1996, lança Tieta do Agreste e, em 1999, Orfeu, refilmagem da peça Orfeu da Conceição, de Vinicius de Moraes.
Carlos Sandroni
Carlos Sandroni graduou-se em Sociologia e Política pela PUC-RJ. Fez mestrado em Ciência Política no IUPERJ e doutorado em Musicologia na Universidade de Tours, França. Leciona no Departamento de Música e no Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal de Pernambuco. Foi professor visitante na Universidade do Texas, em Austin, e pesquisador associado ao Centre de Recherche en Ethnomusicologie, em Paris. É autor dos livros Mário contra Macunaíma: cultura e política em Mário de Andrade e Feitiço decente: transformações do samba no Rio de Janeiro.
Claudia Marcia Ferreira
Claudia Marcia Ferreira é museóloga formada pela Universidade do Rio de Janeiro. Foi diretora do Museu de Folclore Edison Carneiro no período de 1982 a 1990. Assumiu, em 1990, a direção do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular ao qual se integra o Museu de Folclore, hoje no âmbito do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional/IPHAN do Ministério da Cultura. Coordenou a curadoria da exposição permanente em cartaz no Museu de Folclore Edison Carneiro, no Rio de Janeiro, que apresenta uma visão abrangente e singular da diversidade cultural brasileira e recebe um público de cerca de 70 mil visitantes por ano, em especial, estudantes.
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16/8/2012
08/08/2012 - Atualizada em 07/08/2012