A Academia Brasileira de Letras abre sua temporada de teatro de 2012 com a apresentação da peça “A descoberta das Américas”, de Dario Fo. O espetáculo é dirigido pela dramaturga Alessandra Vannucci e conta com a participação de somente um ator no palco, Julio Adrião, vencedor do Prêmio Shell exatamente por sua atuação neste monólogo. A estreia no Teatro R. Magalhães Jr., na sede da Academia, à Avenida Presidente Wilson 203, Castelo, Rio de Janeiro, aconteceu no dia 9 de abril, segunda-feira, às 15h30min, com entrada franca. Estão programadas apresentações também nos dias 13, 16, 20 de abril e 2 de maio, no mesmo horário e local.
“A descoberta das Américas”, com entrada franca, tem patrocínio da Petrobras.
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A peça
“A descoberta das Américas”, segundo seus produtores, propõe uma renovação da linguagem teatral. Com somente um ator no palco, sem qualquer aparato (cenário, figurino, iluminação etc.), o personagem de Julio Adrião vive num estado essencial, de emergência. Protagonista da Descoberta, acossado por uma cruel economia da fome o torna engenhoso, que quer sobreviver justamente para narrar sua história. Para isso, estabelece um pacto de cumplicidade com os espectadores. Cria com eles um código gestual, mímico e sonoro que substitui paulatinamente a fala. Cada detalhe provoca a lembrança do seguinte, como uma história contada de improviso e pela prim eira vez. O desafio do ator é achar a forma, a cada noite de jogar com a plateia e fazê-la jogar junto, decodificando cada imagem, cada som que o ator sugere. O espectador é indispensável nesse jogo.
Júlio Adrião
Julio Adrião é carioca, ator, produtor e diretor teatral. Formado pela CAL em 1986, trabalhou seis anos na Itália com o Teatro Potlach de Fara Sabina e outras companhias. Recentemente fez o papel de Governador Gelino, no filme “Tropa de elite 2”. Desde 2007 ministra a oficina “O ator no solo narrativo”. Alessandra Vannucci é dramaturga e diretora formada na Itália. Desde 1996, vive naquele país e no Brasil, onde fundou o selo Leões de Circo, com Julio Adrão e Sidney Cruz. É ativista do Teatro do Oprimido e desenvolve projetos de cidadania com não-atores em bairros desfavorecidos, escolas e presídios. Recebeu o Prêmio de Interações Estética e Residências Ar tísticas em Pontos de Cultura, com o projeto Madalena – Teatro das Oprimidas. Doutora em Letras, é professora de interpretação e teoria do teatro.
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4/4/2012
04/04/2012 - Atualizada em 03/04/2012