A Academia Brasileira de Letras e o Centro de Estudos Brasileiros (CEB) da Universidade de Salamanca, na Espanha, realizaram, com a participação de Acadêmicos e convidados, a Jornada Literária García Lorca. O Presidente da ABL, Acadêmico e professor Domício Proença Filho, fez a apresentação. O evento realizou-se das 14 às 17h45min, na sede da ABL, Avenida Presidente Wilson 203, Castelo, Centro, Rio de Janeiro.
O programa:
Abertura:
Acadêmico e Professor Domício Proença Filho (Presidente da Academia Brasileira de Letras)
Coordenação: Acadêmica e escritora Ana Maria Machado (Primeira-Secretária da ABL)
Conferencistas:
Professor Doutor Manuel Portillo Rubio (Centro de Estudos Brasileños)
Tema: Federico García Lorca: una vida breve y una obra extensa
Acadêmico Domício Proença Filho
Tema: De García Lorca e sua poesia
Professor Antonio Maura (Fundação Cervantes)
Tema: Federico García Lorca e o Brasil
Acadêmico Marco Lucchesi
Tema: Yerma / Villa-Lobos
Encerramento: 17h30min
Acadêmico Domício Proença Filho
Saiba mais
FEDERICO GARCÍA LORCA
Federico García Lorca (1898-1936) foi um poeta e dramaturgo espanhol. Considerado um dos grandes nomes da literatura espanhola. Levou para sua poesia a paisagem e os costumes da terra natal. Nasceu em Fuente Vaqueros, em Granada, Espanha, no dia 5 de junho de 1898.
Em 1918, publicou seu primeiro livro, Impressões e Paisagens. No ano seguinte, mudou-se para Madri onde viveu até 1928. Estreou no teatro com a peça "O Malefício da Mariposa", em 1920. Federico García Lorca é considerado um dos mais importantes escritores modernos de língua espanhola. “Cantou, através de versos, com extrema sensibilidade, a alma popular da Andaluzia”, segundo seus biógrafos.
Por intermédio da poesia, identificou-se com os mouros, judeus, negros e ciganos, alvos de perseguições ao longo da história de sua região. Jamais deixou de manifestar aversão aos fascistas e aos militares franquistas.
Viveu nove meses em Nova York, onde escreveu poemas que só foram publicados após sua morte. De volta à Espanha, em 1931, criou e dirigiu a companhia teatral "La Barca", que percorreu as aldeias de todo o país encenando autores famosos como Cervantes e Lope de Vega.
Escreveu Bodas de Sangue (1933), uma história verdadeira de ciúme e morte entre camponeses de Andaluzia, peça teatral que abriu uma nova era no teatro moderno da época, Yerma (1934) e A Casa de Bernardo e Alba (1936).
No dia 19 de agosto de 1936, no auge de sua produção intelectual, foi fuzilado em Granada, por militantes franquistas, no início da Guerra Civil Espanhola.
01/11/2017