Portuguese English French German Italian Russian Spanish
Início > Noticias > ABL lança o livro “Rei Baltazar”, do Acadêmico José Cândido de Carvalho (1914/1989), em sua coleção Afrânio Peixoto  

ABL lança o livro “Rei Baltazar”, do Acadêmico José Cândido de Carvalho (1914/1989), em sua coleção Afrânio Peixoto  

 

A Academia Brasileira de Letras lançou, em sua coleção Afrânio Peixoto, o livro (inacabado) Rei Baltazar, de autoria do Acadêmico José Cândido de Carvalho (1914/1989), quinto ocupante da Cadeira 31, na quinta-feira, dia 27 de abril, às 17h30min, na Sala dos Fundadores, no Petit Trianon. O prefácio é do Acadêmico, poeta e escritor Marco Lucchesi, Diretor de Publicações da ABL.

A edição somente foi possível, segundo ele, graças ao trabalho de organização dos manuscritos e textos datilografados dos filhos do autor, Laura Lione Carvalho Santos e Ricardo Viana de Carvalho: “Os dois merecem nosso reconhecimento. Com amoroso labor e cuidado, ordenaram as folhas, decifraram diversas passagens com a lente de aumento, ora a desbravar a letra miúda ora a tinta da máquina de escrever, às vezes forte, às vezes pálida, seguindo quanto possível a cartografia da obra, em suas lacunas, para confrontá-la com a intenção ao autor”, escreveu Lucchesi no prefácio, intitulado por ele “Vivas ao Rei”.

José Cândido de Carvalho, jornalista, escritor e bacharel em Direito, nasceu em Campos dos Goitacazes, no Rio de Janeiro. Além de Rei Baltazar, texto inacabado, publicado nesta edição da ABL, escreveu mais dois romances: Olha para o céu Frederico (1939) e O coronel e o Lobisomem (1964), atualmente com 58 edições e considerado sua obra de maior sucesso de público e crítica. Foi autor, também, de livros de contos e crônicas.

“Tenho saudades de José Cândido de Carvalho” – afirma Lucchesi no último parágrafo do prefácio – “de nossos encontros casuais na estação das barcas ou na redação de O Fluminense (em Niterói). Alegra saber que Rei Baltazar escapou de uma espera quase interminável, como a de um dom Sebastião, que nunca se apresenta, guardado em algum escaninho, com risco de naufrágio iminente, entre a poeira e o descaso, onde terminam alguns capítulos importantes de nossa história literária. Mas ele adquiriu finalmente densidade, pompa e circunstância. Com alegria podemos dizer, e a pleno pulmões: Vivas ao Rei!”

24/04/2017