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Acadêmica Ana Maria Machado cumpre intensa programação cultural na Colômbia e na Inglaterra

 

A Acadêmica e escritora Ana Maria Machado, Primeira-Secretária da Academia Brasileira de Letras, cumpriu intensa atividade cultural na Colômbia e na Inglaterra, no fim do mês de janeiro e início de fevereiro.

Primeiro, de 25 a 29 de janeiro, Ana Maria Machado esteve na Colômbia, onde se realizou, em Cartagena de Indias, o Hay Festival.  Participou de duas mesas-redondas e de encontros com leitores em torno de seus livros publicados em espanhol, sobretudo os mais recentes saídos naquele país, pela Editora Norma: para adultos – El Mar no se Desborda  (romance) e Clásicos, Niños Y Jóvenes (ensaio); para crianças – Se Busca Lobo e Mensaje para tí.

“A festa é a versão latino-americana do mais tradicional Festival Literário Internacional, o de Hay-on-Wye, no Reino Unido, que serviu de modelo e inspiração para a editora inglesa Liz Calder criar no Brasil a FLIP, em Paraty”, explicou a Acadêmica.

Na primeira quinzena de fevereiro, a escritora esteve em Londres, com uma programação tripla. Na primeira semana, aconteceu a Brazil Week, do Brazil Institute do King's College (com o qual a ABL tem um convênio de cooperação), e lá fez a palestra de encerramento.

Em seguida, houve uma atividade conjunta da University Colllege London e da Biblioteca Britânica, em torno aos desafios da tradução literária, focalizando contos de sua autoria.

No dia 7, Ana Maria Machado teve encontros de manhã e de tarde com os alunos da Oficina Literária da UCL, sob supervisão da professora Ana Claudia Suriani, discutindo questões concretas dos textos.

Dois dias depois, no dia 9, a British LIbrary promoveu um painel de discussões, no qual a Acadêmica participou com Francisco Vilhena, editor da Revista Granta, para um público de convidados da área literária – editores, agentes, tradutores, professores e leitores em geral. Além do debate, leu trechos de seu romance mais recente, "A Map of One's Own"(Um Mapa Todo Seu).

Saiba mais:

Sexta ocupante da Cadeira nº 1, eleita em 24 de abril de 2003, na sucessão de Evandro Lins e Silva, e recebida em 29 de agosto de 2003 pelo acadêmico Tarcísio Padilha, Ana Maria Machado Presidiu a Academia Brasileira de Letras em 2012 e 2013. É membro do PEN Clube do Brasil e do Seminário de Literatura da Universidade de Cambridge, na Inglaterra.  Integra o Conselho Consultivo do Brazil Institute do King’s College em Londres, o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República. Recebeu a Ordem do Mérito Cultural, no grau de Grão-Mestre, a Medalha Tiradentes, a Grande Ordem Cultural da Colômbia, e a Medalha Tamandaré. Publicou mais de cem livros no Brasil, muitos deles traduzidos em cerca de vinte países.

Ana Maria Machado estudou no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e no MoMa de Nova York, tendo participado de salões e exposições individuais e coletivas no país e no exterior, enquanto fazia o curso de Letras (depois de desistir do curso de Geografia). Formou-se em Letras Neolatinas, em 1964, na então Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil, e fez estudos de pós-graduação na UFRJ. Deu aulas na Faculdade de Letras na UFRJ (Literatura Brasileira e Teoria Literária) e na Escola de Comunicação da UFRJ, bem como na PUC-Rio (Literatura Brasileira). Além de ensinar nos colégios Santo Inácio e Princesa Isabel, no Rio, e no Curso Alfa de preparação para o Instituto Rio Branco, também lecionou em Paris, na Sorbonne (Língua Portuguesa) e na Universidade de Berkeley, Califórnia – onde já havia sido escritora residente.

Em janeiro de 1970, deixou o Brasil e partiu para o exílio. Na bagagem, levava cópias de algumas histórias infantis que estava escrevendo, a convite da revista Recreio. Trabalhou como jornalista na revista Elle em Paris e no Serviço Brasileiro da BBC de Londres, além de se tornar professora de Língua Portuguesa na Sorbonne. Nesse período, participou de um seleto grupo de estudantes na École Pratique des Hautes Études cujo mestre era Roland Barthes, sob cuja orientação terminou sua tese de doutorado em Linguística e Semiologia, em Paris.  O trabalho resultou no livro Recado do Nome (1976), sobre a obra de Guimarães Rosa.

Como jornalista, trabalhou no Correio da Manhã, no Jornal do Brasil, no Globo, e colaborou com as revistas RealidadeIstoÉ e Veja e com os semanários O Pasquim, Opinião e Movimento. Durante sete anos, chefiou o jornalismo do Sistema Jornal do Brasil de Rádio. Criou e dirigiu por 18 anos, com duas sócias, a primeira livraria do país especializada em livros infantis, a Malasartes. Também foi editora, uma das sócias da Quinteto Editorial.  Há 35 anos vem exercendo intensa atividade na promoção da leitura e fomento do livro, tendo dado consultorias, seminários da UNESCO em diferentes países e sido vice-presidente do IBBY (International Board on Books for Young People).

Logo que estreou, ganhou o prêmio João de Barro pelo livro História Meio ao Contrário, em 1977. Abandonou o jornalismo diário em 1980, para a partir de então se dedicar aos livros. Em 1993 a Acadêmica se tornou hors concours dos prêmios da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ).

Recebeu três Prêmios Jabuti e muitos outros no país e no exterior, entre eles o Casa de Las Americas (Cuba, 1980), Personalidade Cultural (União Brasileira de Escritores, 1981), Prêmio CREFISUL de Literatura (Banco Crefisul de Investimento e Jornal de Letras, 1981), Personalidade Cultural (União Brasileira de Escritores, 1994), Prêmio Adolfo Aizen (Literatura infantil e conjunto da obra, União Brasileira dos Escritores, 1994); Prêmio Internacional José Marti, "Menção Especial" (Costa Rica, 1995),  Prêmio Hans Christian Andersen, internacional (Conjunto da obra infantil, 2000), Prêmio Jornalista Amigo da Infância (Agência de Notícias dos Direitos da Infância, Brasília, 2001), Prêmio Machado de Assis (Conjunto da obra, Academia Brasileira de Letras, 2001), Personalidade  Cultural Internacional (União Brasileira de Escritores, 2003), Prêmio Vento Forte (Teatro Infantil, 2004), Prêmio Mulher da Paz (Associação Mil Mulheres para o Nobel da Paz, Suíça, 2005), Prêmio Ibero Americano de Literatura Infantil e Juvenil - "Hors Concours" (Fundação SM, 2006), Mulher do Ano (Conselho Nacional de Mulheres do Brasil, 2006), Mérito Cultural (Academia Brasileira de Filologia e Faculdade CCAA, 2007), Prêmio Lifetime Achievement Award (Miami, 2007), Prêmio de Cultura do Rio de Janeiro (2010) e Príncipe Claus (Holanda, 2010).

Foi agraciada, também, com o Prêmio Machado de Assis da Biblioteca Nacional, para romance, e recebeu, em alguns casos mais de uma vez, prêmios como: Jabuti, Prêmio Bienal de SP, João de Barro, APCA, Cecília Meireles, O Melhor para o Jovem, O Melhor para a Criança, Otávio de Faria, Adolfo Aizen, e menções no APPLE (Association Pour la Promotion du Livre pour Enfants, Instituto Jean Piaget, Génève), no FÉE (Fondation Espace Enfants, Suíça) e Americas Award (Estados Unidos).

Em 2011 recebeu o diploma “Heloneida Studart” como destaque do ano de 2010, pelo recebimento do prêmio “Príncipe Claus”. Prêmio Ibero-Americano de Literatura Infanto Juvenil da Fundação SM da Espanha, 2012. Prêmio Passo Fundo Zaffari & Bourbon de Literatura pelo romance Infâmia, 2013.

 

18/01/2017