O Acadêmico, embaixador e escritor João Almino, quinto ocupante da Cadeira 22 da Academia Brasileira de Letras, eleito em 8 de março deste ano, lançou, pela Editora Record, seu sétimo romance, Entre facas, algodão, trinta anos depois do primeiro.
Segundo os editores, “numa espécie de diário, um advogado em fim de carreira descreve como decide abandonar a mulher e a vida em Taguatinga, no Planalto Central, para reencontrar o passado. Aos 70 anos, o protagonista de Entre facas, algodão retorna à periferia rural onde passou a infância. Busca o amor de menino, o acerto de contas com as dúvidas da memória e a vingança pela morte do pai. Acaba se confrontando com uma realidade traiçoeira, repleta de surpresas e de desvios”. A orelha do livro é assinada por Cristovão Tezza.
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O AUTOR
O embaixador João Almino nasceu em Mossoró, no Rio Grande do Norte, em 1950. É conhecido, pelos romances, aclamados pela crítica e cujas histórias se passam em Brasília: Ideias para onde passar o fim do mundo (Brasiliense, 1987; editora Record, 2003); Samba-Enredo (Marco Zero, 1994; editora Record, 2012); As cinco estações do amor (editora Record, 2001); O livro das emoções (editora Record, 2008); Cidade Livre (editora Record, 2010) e Enigmas da Primavera (editora Record, 2015).
Todos esses livros, à exceção do segundo, receberam prêmios ou foram finalistas de prêmios literários. Entre os prêmios recebidos, incluem-se o Casa de las Américas 2003 (para As Cinco Estações do Amor) e o Zaffari & Bourbon 2011 (para Cidade Livre, que também foi finalista do Jabuti e do Portugal-Telecom).
Parte da obra de ficção está traduzida para o inglês, o francês, o espanhol, o italiano e outras línguas. É também autor de livros de ensaios de filosofia política ou de história, considerados referência para os estudiosos da democracia e do autoritarismo: Os democratas autoritários (Brasiliense, 1980), Era uma vez uma constituinte (Brasiliense, 1985), A Idade do Presente (Tempo Brasileiro, 1985; Fondo de Cultura Económica, México, 1986), O Segredo e a Informação (Brasiliense, 1986) e Naturezas Mortas (Francisco Alves, 2004).
Entre os ensaios literários incluem-se: Balanço Poético: Brasil-Estados Unidos (Memorial da América Latina, 1996); Escrita em Contraponto (Tempo Brasileiro, 2008; Leviatán, Buenos Aires, 2009) e O Diabrete Angélico e o Pavão (UFMG, 2009).
João Almino foi Diretor do Instituto Rio Branco. Medalha de ouro no Curso de Preparação à Carreira Diplomática do Instituto Rio Branco, bacharel em direito pela UERJ e mestre em sociologia pela UNB. Defendeu tese de doutorado em História Comparada das Civilizações Contemporâneas em 1980 pela Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales, de Paris, sob a direção do filósofo Claude Lefort. Ensinou na UnB, na Universidade Nacional Autônoma do México e nas universidades de Berkeley, Stanford e Chicago.
Resenhas e outras informações sobre sua obra estão disponíveis em www.joaoalmino.com
26/10/2017