O Acadêmico, ensaísta, professor e tradutor Marco Lucchesi acaba de lançar, pela Editora Globo, o livro de poemas Clio. Segundo ele, “Clio é uma das nove musas, filha de Zeus com Mnemósine, a deusa da memória”. O livro já foi distribuído para as livrarias. Tem 96 páginas e o preço estabelecido pelos editores é de R$29,90.
Ao dar o nome de Clio à compilação de poemas, Marco Lucchesi definiu o tom do livro, no qual aborda a relação entre a poesia e a história, de acordo com os editores. “Dividida em três partes – “Prólogo febril”, “Clio” e “Insônia” –, a edição é composta por poemas com versos curtos e incisivos que apontam para a imensidão do tempo, dos mares e à instabilidade das viagens e das noites insones”.
Os poemas de “Prólogo febril” preparam o leitor para o que está por vir: “A Índia surge como um destino vibrante, repleto de cores e vertigem. A febre anuncia o começo de uma jornada poética e provoca alterações na percepção”, segundo a Editora Globo. “Os versos de “Clio” se voltam para o passado, no tempo das grandes navegações, uma viagem marítima repleta de incertezas e questionamentos. O narrador do poema, que se lança ao mar em busca de Dom Sebastião, se vê diante de outras questões: “Como chegar/ ao tempo-quando / de todos / os meus ondes?”
“Lucchesi recorre a termos antigos, sem abandonar o ritmo contemporâneo. Se por um lado o poeta considera a história como um esforço narrativo, repleto de ruído, a insônia é filha do silêncio e do vazio. Os poemas da segunda parte do livro tratam de esquecimento, de uma sensação de incerteza após a noite mal dormida. A musa da história é capaz de conduzir o poeta por geografias e tempos distantes e a provação do sono pode desnorteá-lo, mas essa desorientação também serve de matéria-prima para os poemas”, afirmam os editores.
Saiba mais
Sétimo ocupante da cadeira nº 15 da ABL – cujo fundador foi Olavo Bilac, que escolheu como patrono Gonçalves Dias –, eleito em 3 de março de 2011, na sucessão do padre Fernando Bastos de Ávila, Marco Lucchesi é carioca, poeta, ensaísta e tradutor. Publicou, dentre outros livros, Nove cartas sobre a Divina Comédia, O dom do crime, Ficções de um gabinete ocidental, A memória de Ulisses, Sphera, Meridiano celeste & bestiário. De suas traduções, destacam-se os de Rûmî, Khlebnikov, Rilke e Vico. Obteve duas vezes o Prêmio Jabuti, o Prêmio Alceu Amoroso Lima, pelo conjunto da poesia, o Prêmio Marin Sorescu, na Romênia, o prêmio do Ministero dei Beni Culturali, na Itália. Traduzido para diversas línguas, incluindo a tradução de Curt Meyer Clason.
Os ocupantes da Cadeira 15 foram: Amadeu Amaral, Guilherme de Almeida, Odylo Costa Filho e Dom Marcos Barbosa.
2/12/2014
01/12/2014