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Cravista Roberto de Regina fez show de despedida na Academia Brasileira de Letras

 

A Academia Brasileira de Letras sediou o concerto de abertura do projeto Música no Museu - 200 Anos da Independência do Brasil. A apresentação, que inaugurou a série de eventos que celebra o bicentenário da independência, foi comandada por um dos mais reconhecidos cravistas brasileiros, o músico Roberto de Regina, de 95 anos. O show, que foi realizado no Teatro R. Magalhães Jr., na quinta-feira, 1º de setembro, às 19h, é uma despedida dos palcos brasileiros. Na ocasião, ele presenteou os Acadêmicos com a sua biografia Roberto de Regina Vida e Obra ou Memórias de Um Sargento de Malícias. As comemorações do bicentenário da independência terão outros 20 recitais gratuitos durante todo o mês no Rio, em Portugal e na Áustria.

Sobre o projeto

Música no Museu é um projeto criado em 1997. Tornou-se a maior série de música clássica do Brasil. No Música no Museu - 200 Anos da Independência do Brasil serão apresentados 20 concertos gratuitos e uma palestra do dia 1º ao dia 29 de setembro.

Em seus 25 anos de história, o Música no Museu já realizou 500 concertos por ano no Brasil, com cerca de 2.500 músicos. A partir de 2006, passou a atuar internacionalmente em cidades de todos os continentes. Levou a música brasileira para Portugal, Espanha, França, Itália, República Tcheca, Áustria, Alemanha, EUA, Chile, Argentina, Marrocos, Índia, Vietnam, Austrália e Líbano. Durante todos esses anos de atividade, o projeto registrou um público superior a 1 milhão de pessoas.

Premiado no Brasil e no mundo, o projeto já recebeu a Ordem do Mérito Cultural, Golfinho de Ouro, Mérito Carioca, Embaixador do Rio, Urbanidades do IAB, Mérito Judiciário, Personalidade da Hebraica, e internacionais, como Cultura Viva da Unesco, Excelência em Cultura em Lisboa, Latin American Quality Awards em Buenos Aires e Cultura Viva em Madrid.

Sobre Roberto de Regina

Roberto de Regina, considerado imortal do cravo brasileiro, é carioca, médico e praticamente autodidata em música. Construiu seu primeiro cravo há cerca de 55 anos. Sua intenção era dar maior autenticidade à música de Bach, pela qual se apaixonou e se tornou um dos maiores especialistas brasileiros. Hoje, seus instrumentos construídos artesanalmente em seu sítio em Guaratiba, no Rio, têm fama internacional, e são bastante disputados no mercado.

Roberto de Regina estudou regência com Robert Shaw. O cravista virtuoso e original, um dos maiores da atualidade, é também um dos mais persistentes pesquisadores e divulgadores da música renascentista e barroca. Desde 1991, ele promove concertos com ambientação de época, seguidos de degustação de vinhos e pratos indianos e tailandeses na Capela Magdalena, em seu sítio, em Guaratiba. Apesar de se despedir dos palcos brasileiros no concerto de 1º de setembro, Regina vai continuar se apresentando na sua Capela, tocando sem partitura.

Em 2017, Roberto de Regina lançou seu livro Roberto de Regina - Vida e Obra ou Memórias de um Sargento de Malícias*’. O título é duplo intencionalmente para que o leitor possa escolher o que achar melhor. Este ano ele gravou e publicou 16 concertos no Youtube. As apresentações fazem parte do projeto *Johann Sebastian Bach Concertos para cravo solo que apresentou aos domingos. A história do músico vai virar um documentário dirigido por Luiz Eduardo Ozório e produzido pela OZ Filmes. O Cravista deve ser lançado em 2023.

Serviço

Data: 1º de setembro

Horário: 19h

Local: Teatro R. Magalhães Jr.

22/08/2022