Professor Luís Augusto Fischer faz na ABL a segunda palestra do ciclo de conferências “Educação e leitura. Novos paradigmas?”
Publicada em 08/03/2017
A Academia Brasileira de Letras deu prosseguimento ao seu ciclo de conferências do mês de março, sob coordenação da Acadêmica e escritora Ana Maria Machado, Primeira-Secretária da ABL, intitulado Educação e Leitura. Novos paradigmas?. A terceira palestra, com a doutora em Administração Pública e ex-Ministra do Ministério da Administração, Claudia Costin, foi Ensinando a pensar. O papel da leitura na educação brasileira. O evento aconteceu na terça-feira, dia 21 de março, às 17h30min, no Teatro R. Magalhães Jr., Avenida Presidente Wilson 203, Castelo, Rio de Janeiro. Entrada franca.
Foram fornecidos certificados de frequência.
O ciclo terá mais uma palestra, na terça-feira seguinte, dia 28 de março, no mesmo local e horário, com a conferencista Tania Zagury, que falará sobre o tema Porque fracassa o ensino no Brasil.
Claudia Costin adiantou que sua palestra abordou o fato de que, cada vez mais, as pesquisas enfatizam o papel da escola no processo de aprendizagem profunda, ou seja, aquela que resulta de reflexão, troca de percepções entre alunos e professores e análise de diferentes maneiras de se abordar um mesmo problema. Disse que há de se ensinar os alunos a pensar historicamente, matematicamente ou cientificamente.
“No último PISA, teste internacional aplicado a jovens de 15 anos de cerca de 70 países, segundo afirmou, o Brasil amargou o 63º lugar em Ciências, tema principal do certame de 2015. Qual a competência medida pelo exame em que tivemos um desempenho mais deficiente? Justamente em pensar cientificamente”.
Garantiu, ainda, que não há nada como a literatura para trabalhar o pensamento. “No recente livro de Alberto Manguel, Uma História natural da Curiosidade, o autor nos conta, numa viagem pelos domínios da literatura, em sua trajetória pessoal como leitor, como a ficção literária lê e revela a curiosidade associada ao pensamento em aventuras raramente bem-sucedidas, mas sempre iluminadoras na busca da compreensão e da verdade.
E concluiu: “Este é o tema da apresentação: como trabalhar a literatura brasileira e universal na escola para formar leitores para a vida toda e ensinar a pensar, competência essencial para a vida e para a aprendizagem de diferentes campos de conhecimento”.
Saiba mais
Diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da FGV-RJ, Claudia Costin foi, entre outras funções, Diretora Global de Educação do Banco Mundial, Secretária Municipal de Educação do Rio de Janeiro, Ministra do Ministério da Administração, Vice-Presidente executiva da Fundação Victor Civita, Secretária de Previdência Complementar do Ministério de Previdência Social e Secretária de Estado da Cultura do Estado de São Paulo.
Claudia Costin tem experiência internacional também como professora convidada da Universidade de Harvard, da Universidade de Québec e consultora para os governos de Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe. Cursou doutorado em Gestão, Mestrado em Economia e graduou-se em Administração Pública pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (EAESP/FGV). É articulista do jornal Folha de São Paulo e professora universitária, atualmente na FGV-RJ, tendo também ensinado na FGV-SP, Insper, PUC-SP, UnB e Faap.
15/03/2017Publicada em 08/03/2017