Aconteceu no dia 1 de setembro a abertura da exposição "Epílogos", do artista plástico Eric Collette, na Academia Brasileira de Letras. O evento foi Galeria Manuel Bandeira.
Aberta ao público de 2 a 25 de setembro, a exposição retrata uma viagem ambígua, contraditória, esquizofrênica, por um desfiladeiro que tem como uma parede a nossa grandiosa permanência, e como outra a nossa miserável efemeridade de filhos do tempo, de seres criados para a morte.
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Unindo as técnicas mais diversas, passando do bidimensional ao escultórico, do volume à pintura, Collette nos traz outro elemento central nesse ritual cruel que é mirar no umbigo da nossa efemeridade, os ossos, essa mais duradoura e mais fundamental estrutura das formas biológicas evoluídas, que sempre fascinou nossos antepassados de todas as partes da terra. Elemento recorrente na arte dos povos primitivos, ou nas artes primeiras, para usar a expressão forjada pelo politicamente correto, dele nasceram os primeiros instrumentos musicais, berço daquela que seria a mais alta aventura espiritual da humanidade. Com eles, os ossos – de animais ou humanos -, foram confeccionados altares, ídolos, armas, paliçadas, toda uma parafernália mágica que parece convencida da existência daquilo que, a muita distância, os cabalistas da Idade Média chamariam de “o hálito dos ossos”.
1/9/2009
01/09/2009 - Atualizada em 31/08/2009