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“Jorge Amado e a formação de um imaginário” é tema da palestra da escritora Ana Maria Gonçalves no ciclo “África: olhares ficcionais da ABL”

 

Jorge Amado e a formação de um imaginário foi o tema da terceira conferência do ciclo “África: olhares ficcionais da ABL”, sob coordenação-geral da Acadêmica e escritora Ana Maria Machado e sob coordenação do Acadêmico e romancista Antônio Torres. A palestrante foi a escritora Ana Maria Gonçalves e o evento aconteceu na terça-feira, dia 21 de junho, às 17h30min, no Teatro R. Magalhães Jr., Avenida Presidente Wilson 203, Castelo, Rio de Janeiro. Entrada franca.

Foram fornecidos certificados de frequência.

“África: olhares ficcionais da ABL” terá mais uma palestra, no dia 28, terça-feira, no mesmo local e horário, intitulada O africano Antônio Olinto, com o escritor Alberto Mussa.

Ana Maria Gonçalves disse que sua palestra abordou o tema afro-brasileiro a partir de Salvador, Bahia: “nos anos de 1930, a ialorixá Mãe Aninha chamou a cidade de Salvador de “A Roma Negra”, em um momento em que a Bahia estava assumindo um lugar privilegiado no cenário nacional, como síntese das relações étnicas que deram origem ao povo brasileiro. É nesse momento que surge o modernismo baiano, tendo Jorge Amado como um de seus principais expoentes. O cotidiano, as lutas sociais, as manifestações religiosas e culturais, as relações entre brancos, negros e mestiços presentes na obra do escritor, até hoje dão forma ao imaginário do que seria uma africanidade abrasileirada”.

Saiba mais:

Mineira de Ibiá, Minas Gerais, Ana Maria Gonçalves cursou Publicidade e Propaganda, áreas em que trabalhou até 2001, quando descobriu os blogs e começou a escrever ficção. Em 2002, mudou-se de São Paulo para a Ilha de Itaparica, onde escreveu e lançou em edição de autor o romance Ao lado e à margem do que sentes por mim. Enquanto o escrevia, fazia a pesquisa histórica para o livro Um defeito de cor, uma metaficção historiográfica baseada na vida de Luisa Mahin, tida como mãe do poeta Luiz Gama. Lançado pela editora Record, em 2006, o livro foi o ganhador do Prêmio Casa de las Américas (Cuba, 2007), e encontra-se atualmente na 11ª edição.

Ana Maria tem textos publicados em antologias em Portugal, na Itália e nos Estados Unidos. Morou por sete anos nos Estados Unidos, pesquisando e ministrando cursos e palestras sobre relações raciais. Como escritora residente, ministrou leituras e cursos em Tulane University (2007), Stanford University (2008) e Middlebury College (2009). Atualmente mora em Salvador e está terminando seu novo livro de ficção e também escrevendo para teatro e cinema.

15/06/2016

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