A Academia Brasileira de Letras, em parceria com o Serviço do Comércio (SESC), promoveu o lançamento do livro “O Decifrador”, um registro documental das atividades mais recentes do dramaturgo, poeta, romancista e Acadêmico Ariano Suassuna, pelo olhar do artista Alexandre Nóbrega. Ariano virá ao Rio especialmente para a tarde/noite de autógrafos.
A captação das imagens foi feita pelo artista plástico Alexandre Nóbrega, também autor, em sua primeira incursão no universo da fotografia.
Alexandre Nóbrega acompanhou o escritor como seu assessor por dez anos. Foram viagens (por todo o Brasil) de trabalho, palestras, homenagens, momentos de lazer e descanso de Ariano Suassuna em casa ou em sua terra Natal, flagrantes do trabalho em seus escritos, momentos de reflexão ou leitura, imagens realizadas em silêncio. Segundo o autor: “Tudo com a delicadeza de um observador reverente e cuidadoso, que traz o olhar treinado de um artista sensível e experiente. O resultado dessa comunhão foi uma composição inusitada, uma leitura descontraída e serena do caminho trilhado por Ariano Suassuna nos últimos anos. As imagens nos proporcionam a rara oportunidade de entrarmos em contato com o homem comum, de hábitos simples e talento invejável”, afirmou Alexandre Nóbrega.
O evento aconteceu no dia 17 de junho, às 17h, no prédio Petit Trianon.
Saiba mais
Sexto ocupante da Cadeira nº 32 da ABL, eleito em 3 de agosto de 1989, Ariano Suassuna nasceu em Nossa Senhora das Neves, hoje João Pessoa (PB), em 16 de junho de 1927. Em 1950 formou-se na Faculdade de Direito e recebeu o Prêmio Martins Pena pelo Auto de João da Cruz. Escreveu e montou a peça Torturas de um coração em 1951. De 1952 a 1956 dedicou-se à advocacia, sem abandonar, porém, a atividade teatral. São dessa época O castigo da soberba, O rico avarento, e o Auto da Compadecida, peça que o projetou em todo o país e que seria considerada, em 1962, por Sábato Magaldi, também Acadêmico da ABL, “o texto mais popular do moderno teatro brasileiro”.
Membro fundador do Conselho Federal de Cultura, nomeado pelo Reitor Murilo Guimarães, diretor do Departamento de Extensão Cultural da Universidade de Pernambuco. Ligado diretamente à cultura, iniciou em 1970, em Recife, o “Movimento Armorial”, interessado no desenvolvimento e no conhecimento das formas de expressões populares tradicionais. Convocou nomes expressivos da música para procurarem uma música erudita nordestina que viesse juntar-se ao movimento, lançado em Recife, em 18 de outubro de 1970, com o concerto Três séculos de música nordestina – do Barroco ao Armorial e com uma exposição de gravura, pintura e escultura. Em 2004, com o apoio da ABL, a Trinca Filmes produziu um documentário intitulado O Sertão: O Mundo de Ariano Suassuna, dirigido por Douglas Machado e que foi exibido na Sala José de Alencar, na sede da Academia.
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17/6/2011
14/06/2011 - Atualizada em 13/06/2011