No dia 28 de outubro, a Academia Brasileira de Letras convidou para a série MBP na ABL, que desta vez teve a presença de Leandro Braga, mostrando músicas que compôs para homenagear Chiquinha Gonzaga, entre outras canções. O evento foi no Teatro R. Magalhães Jr.
No espetáculo, intitulado “Leandro Braga na corte de Chiquinha Gonzaga”, uma louvação a Chiquinha Gonzaga, o pianista Leandro Braga, um dos mais requisitados intérpretes e arranjadores do país, executou cinco obras referências da maestrina: Corta-jaca, Ô Abre-alas, Lua branca, Atraente e A corte na roça; e uma canção exclusivamente composta e a ela dedicada: Minha cara Francisca.
Além disso, o repertório compreendeu canções que integram a galeria de obras-primas brasileiras assinadas por Dorival Caymmi, Tom Jobim e Vinícius de Moraes, Pixinguinha e Benedito Lacerda, Noel Rosa e Braguinha, e três outras composições também de Leandro.
- Chiquinha Gonzaga é uma das grandes expressões musicais da nossa cultura, por sua obra magnífica, por suas atitudes que marcaram, de forma consagradora, a sua presença e importância na sociedade brasileira, afirmou Leandro Braga.
A obra de Chiquinha Gonzaga, a propósito, também ilustrou duas de suas conquistas do Prêmio Sharp como Melhor Solista e Revelação com o disco "A música de Chiquinha Gonzaga", gravado em 1999 para a Companhia Industrial de Discos.
O evento teve entrada gratuita e foi transmitido pelo Potal da ABL.
Saiba mais
O Solista
Compositor, arranjador, pianista, professor, Leandro Braga conta com uma discografia em que a sofisticação e popularidade são elementos característicos. Se em Pé na cozinha (1998), seu trabalho autoral é realçado com arranjos sofisticados, exemplos nas canções Um Ariel de saudades e Valsa negra -, não menos sofisticados e populares eles estão em A música de Chiquinha Gonzaga (1999) e Primeira Dama, a música de Dona Ivone Lara (2002). Nota-se, sobretudo nestes dois CDs, o carinho e a preocupação de Leandro para o conhecimento e preservação das obras e de seus criadores que fazem a história da música brasileira em seus mais diversos gêneros e estilos. Não sem razão, vale registrar algumas opiniões sobre o trabalho que Leandro vem desenvolvendo em favor da múscia brasileira:
- A trajetória musical de Leandro Braga é repleta de triunfos em todas as incursões. Escreveu trilhas para cinema, arranjos para peças musicais, prossegue numa das mais brilhantes carreiras. Quando deixa a caneta de lado, simplesmente estraçalha o piano, Isto quer dizer, em gíria musical, arrebenta. E isso quer dizer, ainda em gíria musical, deixa o ouvinte boquiaberto e sem fôlego. (Zuza Homem de Mello).
- Um dos mais requisitados arranjadores do país, Leandro Braga reúne duas qualidades fundamentais: o instrumentista brilhante, e o arranjador original e criativo. (Free Jazz Festival).
Repertório
Além das músicas de Chiquinha Gonzaga - Corta-jaca, Ô Abre-alas, Lua branca, Atraente e A corte na roça, compõem o repertório Maracangalha (Dorival Caymmi), As pastorinhas (Noel Rosa e Braguinha), Naquele tempo (Pixinguinha e Benedito Lacerda), Um Ariel de Saudades, Pavana, Valsa negra e Minha cara Francisca (todas de Leandro Braga) e O morro não tem vez (Tom Jobim e Vinícius de Moraes).
28/10/2009
26/10/2009 - Atualizada em 26/10/2009
Imprimir