A Academia Brasileira de Letras deu continuidade ao seu ciclo de conferências do mês de maio de 2017, intitulado Para uma política do idioma, com palestra do linguista, gramático e professor Carlos Alberto Faraco. A coordenação foi do Acadêmico e professor Domício Proença Filho, Presidente da ABL, e a moderação, do Acadêmico e filólogo Evanildo Bechara. O tema escolhido foi “Língua portuguesa: construindo consensos políticos para ao futuro”.
Foram fornecidos certificados de frequência.
De acordo com o conferencista, “tem havido, nas últimas décadas, um sensível aumento no número de falantes de português como L1, L2 e língua estrangeira. Estamos, portanto, vivendo um momento muito propício para investir esforços em sua promoção. Há, contudo, nesse caminho, alguns embaraços sérios que precisam ser superados, seja no plano internacional, seja no plano nacional. Em nossa conferência, pretendi analisá-los, buscando contribuir para a construção de consensos políticos que favoreçam o futuro da língua”.
A Acadêmica e escritora Ana Maria Machado, Primeira-Secretária da ABL, é a Coordenadora-Geral dos ciclos de conferências deste ano.
Para uma política do idioma terá mais duas palestras, dia 30, Acadêmico Domício Proença Filho, Aspectos da realidade linguística do Brasil na contemporaneidade e transferida do dia 16 de maio, por motivo de força maior, para o dia 1º de junho, quinta-feira, no mesmo local e horário, o gramático José Carlos Azeredo, Refletindo sobre alguns lugares-comuns.
Professor Titular de Linguística e Língua Portuguesa da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Carlos Alberto Faraco concluiu mestrado em linguística na Unicamp (1977) e doutorou-se em linguística românica na Inglaterra (1982), tendo feito um estágio de pós-doutorado em linguística na University of California (1996). Foi reitor da UFPR, de 1990 a 1994, e professor de Português no ensino médio de Curitiba. Atualmente, é membro e coordenador da Comissão Nacional Brasileira junto ao Instituto Internacional da Língua Portuguesa da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa).
Publicou os livros Linguística Histórica (Parábola, 2005), Linguagem escrita e alfabetização (Contexto, 2012), Linguagem & Diálogo: as ideias linguísticas do Círculo de Bakhtin (Parábola, 2009), Norma culta brasileira: desatando alguns nós (Parábola, 2008) e História sociopolítica da língua portuguesa (Parábola, 2016). Este último livro recebeu o Prêmio Antenor Nascentes da Academia Brasileira de Filologia. Também editou as seguintes obras: Língua e cultura (Base/IBEP, 2004), coleção didática para o ensino médio. É coautor dos livros didáticos Língua Portuguesa para estudantes universitários (Vozes), com David Mandryk; Prática de texto para estudantes universitários (Vozes); e Oficina de texto (Vozes), com o romancista Cristovão Tezza.
Foi coorganizador de três coletâneas de estudos sobre o pensamento do filósofo russo Mikhail Bakhtin: Uma introdução a Bakhtin (Hatier, 1988), Diálogos com Bakhtin (Editora da UFPR, 1996) e Vinte ensaios sobre Mikhail Bakhtin (Vozes, 2006). Coorganizou também a coletânea Gramáticas brasileiras, com a palavra o leitor (Parábola, 2016). Organizou as coletâneas Estrangeirismos: guerras em torno da língua (Parábola, 2001) e O efeito Saussure: cem anos do Curso de Linguística Geral (Parábola, 2016).
17/05/2017