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Lira Neto, biógrafo de Oswald de Andrade, fala sobre seu livro “Oswald de Andrade: Mau Selvagem”

 

Biógrafo de Oswald de Andrade, o escritor Lira Neto fala sobre seu livro “Oswald de Andrade: Mau selvagem” na próxima terça-feira, dia 25, às 16h, encerrando o ciclo “Literatura e Memória”. A coordenação é do Acadêmico Ruy Castro. Lira Neto vai explorar as muitas contradições da personalidade do polêmico biografado.

“Oswald de Andrade era um pensador vigoroso, usava a violência verbal e o sarcasmo como armas contra o conformismo intelectual. Era blasfemo e temente a Deus, burguês e comunista, apaixonado e adúltero”, destaca.

Para ele, o poeta era, acima de tudo, um personagem de si mesmo. “Intérprete do Brasil, jornalista combativo, Oswald propôs uma crítica feroz ao patriarcado e antecipou premissas do que hoje se costuma definir como decolonialidade. À placidez do "bom selvagem", contrapôs a ferocidade criativa e carnavalizante.. Incompreendido, terminou pobre e quase anônimo. Apenas depois de sua morte o país recuperaria o legado contestador de Oswald de Andrade, fonte para manifestações artísticas futuras, como a Poesia Concreta, o Teatro Oficina e a Tropicália”.

Após vasta pesquisa em arquivos, incluindo cartas, diários e manuscritos, o jornalista e escritor Lira Neto falará sobre como o autor do Manifesto Antropofágico, Oswald de Andrade, não se restringiu ao papel de ativista do modernismo. Com base na sua biografia “Oswald de Andrade: Mau selvagem”, Neto abordará as muitas contradições da personalidade do polêmico biografado na terça-feira, 25 de novembro, às 16h.

As inscrições podem ser feitas pelo link: https://www.even3.com.br/oswald-de-andrade-mau-selvagem-644156/ e a entrada é franca. A apresentação também será transmitida no Youtube da ABL pelo link: https://www.youtube.com/live/5-uNBimkGtM?si=6iohfmeC0N1CstxS

“Oswald de Andrade era um pensador vigoroso, usava a violência verbal e o sarcasmo como armas contra o conformismo intelectual. O escritor genial, autor de romances experimentais e poemas revolucionários, exibia comportamento ao mesmo tempo febril e sentimental, amoroso e explosivo. Era blasfemo e temente a Deus, burguês e comunista, apaixonado e adúltero”, destacou o jornalista.

Para Neto, o poeta era, acima de tudo, um personagem de si mesmo. Intérprete do Brasil, jornalista combativo, Oswald propôs uma crítica feroz ao patriarcado e antecipou premissas do que hoje se costuma definir como decolonialidade.

À placidez do "bom selvagem", contrapôs a ferocidade criativa e carnavalizante do poeta. Incompreendido, terminou pobre e quase anônimo. Apenas depois de sua morte que foi recuperado o legado contestador de Oswald de Andrade, fonte para manifestações artísticas futuras, como a Poesia Concreta, o Teatro Oficina e a Tropicália.

Na próxima terça-feira, 2 de dezembro, às 16h, a ABL dá início ao ciclo “Memórias da Academia”. Na primeira conferência, o Acadêmico Arno Wehling falará sobre a percepção de Joaquim Nabuco.

Sobre Oswald de Andrade

Oswald de Andrade (1890-1954) foi um poeta, escritor e dramaturgo brasileiro, figura central do Modernismo no Brasil. Nasceu e morreu em São Paulo, onde atuou como jornalista e intelectual polêmico. Foi um dos organizadores da Semana de Arte Moderna de 1922 e autor dos manifestos da Poesia Pau-Brasil e Antropófago, que propuseram uma arte genuinamente brasileira e crítica das tradições.

Sobre Lira Neto

Lira Neto é jornalista e escritor. Recebeu quatro vezes o Prêmio Jabuti de Literatura e uma vez o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), sempre na categoria Biografia. Graduado em jornalismo pela Universidade Federal do Ceará, mestre em comunicação e semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Escreveu, entre outros livros, as biografias Oswald de Andrade, mau selvagem (2025); Castello: A marcha para a ditadura (2019),; Getúlio, editada em três volumes (2012, 2013, 2014); e Padre Cícero: Poder fé e guerra no sertão, todos publicados pela Companhia das Letras.

13/11/2025