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Monólogo de Othon Bastos encerra o ano cultural da ABL

 

A ABL encerra seu ano cultural com o monólogo de Othon Bastos “Não me entrego, não!”, na quinta-feira, 11 de dezembro, às 17h30. A entrada é franca e haverá distribuição de senhas a partir das 16h30.

Othon Bastos celebra com o monólogo 92 anos de vida e 74 anos como ator. Com texto escrito e dirigido por Flávio Marinho e produção da Gávea Filmes, a narrativa da peça se desenvolve a partir de trocas entre dois amigos Flavio Marinho e Othon Bastos.

Quando Flávio recebeu um calhamaço de escritos que Othon deixou sob sua diligência, confiada pela amizade de décadas dos dois, nenhum deles imaginava que o solo elaborado sob minuciosa pesquisa, posteriormente escrito e dirigido por Marinho levando em conta os principais acontecimentos da existência de Othon, seria o celebrado sucesso de público e crítica que se transformou “Não me entrego, não!”. Com a experiência de quem criou muitos tipos e começou histórias diversas tantas vezes ao longo da vida, o ator Othon Bastos repete o gesto com frescor e números expressivos.

O desejo de voltar ao teatro partiu do próprio Othon que, após assistir à montagem de “Judy: o arco-íris é aqui”, também de Flávio Marinho, ficou com a ideia de estar em cena relembrando suas histórias. Motivado pela peça, o ator então sinalizou a Flávio que gostaria de ter um espetáculo contando a sua trajetória e lhe entregou cerca de 600 páginas de pensamentos. O espetáculo foi, assim, criando corpo e montado.

Com a missão de converter tantas lembranças e histórias, Flávio Marinho precisou condensar os anos de vivência do veterano ator em alguns minutos de espetáculo teatral.

“À primeira vista, o que temos é o próprio Othon Bastos em cena contando histórias divertidas e dramáticas da sua vida pessoal e profissional. Isto seria, digamos, o esqueleto dramático da peça. Só que este esqueleto é recheado de diversas reflexões, frutos imediatos do tema abordado por Othon. Por exemplo, depois que ele encontra o amor da vida, com quem está casado há 58 anos, o texto passa a refletir o sentimento do amor através de diversas referências e citações”, explica Flavio, para quem, ver Othon fazendo o povo rir - e rindo de si mesmo - é um privilégio único.

A peça é dividida em blocos temáticos. São abordados temas como trabalho, amor, teatro, cinema, política, etc - cujas reflexões envolvem citações e referências de alguns autores consagrados.

O público terá acesso a diversas curiosidades e histórias divertidas e dramáticas da vida pessoal e profissional de Othon. A peça também tem momentos de reflexões, como por exemplo, quando ele encontra o amor da vida, com quem está casado há 57 anos, e passa a refletir sobre o sentimento do amor através de diversas referências e citações.

“O Flávio escreveu maravilhosamente bem. Começa nos meus 11, 12 anos e vem até hoje. Nada foi fácil para mim, muitos dos meus principais papéis eu entrei substituindo outro ator. Se alguém me perguntar como comecei minha carreira, eu digo que comecei substituindo o Walter Clark, que era meu colega de turma de teatro, e depois muitas outras coisas aconteceram. O Chico Xavier já dizia que se uma coisa é sua, ela te encontra, não é preciso se preocupar”, afirmou Othon.

A peça completou 200 apresentações e 80 mil espectadores. Passou por diversas cidades do Brasil, como São Paulo, Brasília, Recife, Fortaleza, Belo Horizonte, Porto Alegre e Salvador.

O espetáculo recebeu láureas como o Prêmio Shell, que reconheceu Othon como Melhor Ator de 2024. O mesmo aconteceu no 19º Prêmio APTR de Teatro, onde o veterano levou o prêmio de Melhor Ator Protagonista, enquanto Flávio Marinho ganhou como Melhor Autor e a Gávea Filmes como Melhor Produção de Teatro Não-Musical. Somam-se a eles o Prêmio FITA (Festa Internacional de Teatro de Angra), que laureou Flávio Marinho na categoria Melhor Autor e Othon Bastos com o Prêmio Oficial do Júri. A dupla foi ainda homenageada na 1ª edição do Prêmio Arte e Longevidade Rio 2024 e Othon levou também o prêmio Cariocas do Ano da revista Veja Rio na categoria Teatro.

Sobre Othon Bastos

Othon Bastos é ator. Nascido em Tucano, Bahia, em 23 de maio de 1933, tem uma carreira de mais de 70 anos no teatro, cinema e televisão. Estreou no cinema em 1962, com filmes como O Pagador de Promessas.

É conhecido por sua atuação no filme Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), um dos marcos do Cinema Novo, e por ter se destacado no teatro de resistência durante a ditadura militar. Na televisão, atuou em novelas como Roque Santeiro (1985) e Éramos Seis (1994). Aos 92 anos, estreou seu primeiro monólogo, "Não me entrego não".

FICHA TÉCNICA

Elenco: Othon Bastos

Texto e Direção: Flávio Marinho

Participação Especial: Marta Paret

Produção: Gavea Filmes

Cenografia: Ronald Teixeira

Trilha Original: Liliane Secco

Iluminação: Paulo Cesar Medeiros

Programação Visual: Gamba Júnior

Fotos: Beti Niemeyer

Consultoria Artística: José Dias

Diretora Assistente: Juliana Medella

Assessoria Jurídica: Roberto Silva

Redes Sociais e Direção de Palco: Marcus Vinicius de Moraes

Assistentes de Produção: Gabriela Newlands e Calu Tornaghi

Administração: Fábio Oliveira

Desenho de Som e Operação: Vitor Granete

Direção de Produção: Bianca De Felippes

Idealização: Marinho d’Oliveira

Produções Artísticas

Produção Nacional: Gávea Filmes

Realização: Othon Bastos

Produções Artísticas

 

SERVIÇO:

“Não me entrego, não!”

Apresentação: 11 de dezembro de 2025

Horário: 17h30

Local: ABL - Teatro R. Magalhães Jr.

Endereço: Av. Presidente Wilson, 203 - 2o. Andar - Centro – Rio de Janeiro

Classificação Indicativa: 12 anos

Duração: 100 minutos

Distribuição de senhas a partir das 16h30

04/12/2025