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Murilo Mendes substitui Dorival Caymmi na cadeira 41

 

Murilo Mendes foi um artista múltiplo: poeta, cronista, tradutor, epistológrafo e crítico especializado em diferentes linguagens (literatura, pintura, cinema, escultura, entre outras). E é justamente sobre essa versatilidade que o escritor e presidente da Academia Petropolitana de Letras, Leandro Garcia, vai falar na próxima terça-feira, 26 às 16h, na conferência “Murilo Mendes”, que fecha o ciclo Cadeira 41. A coordenação será da Acadêmica Ana Maria Machado e a entrada é gratuita. As inscrições podem ser feitas pelo link: https://www.even3.com.br/murilo-mendes-618123/ e o canal do YouTube da ABL mostra ao vivo pelo link: https://www.youtube.com/watch?v=WWpwF80Ynbw

“Falar de Murilo Mendes no âmbito da “Cadeira 41” da ABL é resgatar não apenas a sua bela e vasta obra, mas também apresentá-lo às novas gerações e fazer o devido resgate do seu legado para a poesia produzida em língua portuguesa”, destacou Garcia.

Murilo Mendes nasceu em Juiz de Fora (MG), em 1901.Mudou-se para o Rio de Janeiro logo na juventude, com seu irmão mais velho, o engenheiro José Joaquim, que o colocou como arquivista na Diretoria do Patrimônio Nacional. Aproximou-se do pintor Ismael Nery, garantindo sua inserção no círculo de artistas e boêmios que trazia algo novo para a pintura brasileira: o surrealismo.

Com a morte de Ismael, em 1934, Murilo Mendes passou por uma profunda crise existencial e religiosa, que culminou na sua conversão ao catolicismo, integrando o grupo de intelectuais do Centro Dom Vital, à época sob a direção de Alceu Amoroso Lima, seu grande amigo e mentor. No final dos anos 30, aproximou-se de Jorge de Lima, formando não só uma parceria literária, como também de vida e amizade, inclusive, com uma farta produção poética e publicação de livros sob a temática ontológico-religiosa.

Estreou na literatura com Poemas, em 1930, festejado por Mário de Andrade como "historicamente o mais importante dos livros do ano", ganhou o prêmio Graça Aranha, e se consagrou como uma das principais vozes do modernismo brasileiro. revelando nessa primeira fase de sua poesia a influência do Movimento Modernista,. no livro, aborda os principais temas e procedimentos do Modernismo dos anos 20, como o nacionalismo, o folclore, a linguagem coloquial, o humor e a paródia.

Fez parte do Segundo Tempo Modernista e participou do Movimento Antropofágico, que buscava uma vinculação com as origens do Brasil. Desde 1920 colaborava com o jornal “A Tarde”, de Juiz de Fora, produzindo artigos para a coluna Chronica Mundana com a assinatura MMM e depois com o pseudônimo “De Medinacelli”. Em 1924 passou a escrever poemas para as duas revistas modernistas: ”Terra Roxa e Outras Terra” e “Antropofagia”. Escreveu ainda: “Bumba-Meu-Preta” (1930) e “História do Brasil” (1932).

21/08/2025