A Cinemateca Brasileira, sediada em São Paulo, é a quinta maior e mais completa do mundo. Guardiã de filmes e documentos da cultura cinematográfica do Brasil e da América Latina, e de um vasto repertório de imagens, que traduzem nossa História, desde o início do século XX.
Quinta-feira passada, 28 de julho, um incêndio se abateu sobre o depósito da Cinemateca, destruindo uma parte de seu acervo.
É cedo para determinar quanto desapareceu nas chamas. Sabemos que foi uma tragédia anunciada, fruto do descaso, do desinteresse, do deplorável abandono a que o Governo Federal condenou a Cinemateca, cujo controle assumiu há dois anos.
Funcionários especialistas e cineastas todas as tendências, artistas e intelectuais não deixaram de alertar sobre os perigos iminentes do fogo que ameaçavam, e ainda ameaçam, a Cinemateca.
Só poderemos ampliar os ideais republicanos, através da defesa da cultura e da preservação da memória, nas várias dimensões da arte, nas formas que contemplem, de forma ecumênica, a diversidade de atores e agentes culturais de nosso país.
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