O presidente da Academia Brasileira de Letras, acadêmico Marcos Vinicios Vilaça, acaba de expressar à ministra da Cultura de Portugal, Isabel Pires, o interesse da Academia em que o governo português promova ações concretas, e com a possível brevidade, no sentido de ratificar definitivamente o Acordo Ortográfico da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, atualmente aprovado integralmente por Brasil, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde e paralisado no parlamento lusitano.
Vilaça lamentou que os portugueses mantenham a atual resistência e que pretendam - depois de 16 anos de formatação do Acordo (1991) - ainda mais 10 de prazo para a adoção das novas regras ortográficas. Registrou também o desconforto causado ante a resistência da indústria editorail lusa, o que contribui para um possível isolamento de Portugal, não estando distante da realidade a percepção de que Moçambique vem-se aproximando crescentemente do inglês, por força de seus intersses de ordem econômica.
Para reforçar sua argumentação, o presidente da ABL fez menção ao fato de que - enquanto Portugal mantém seus níveis de intransigência - os países de língia espanhola valem-se de apenas um dicionário, resultado do trabalho da Real Academia da Espanha e de outras 17 academias de países hispânicos.
__ Nada nos deve separar de Portugal - frisou Marcos Vilaça, para acrescentar: "Acho mesmo que o governo do Brasil deveria ser mais categórico nesses tema."
14/05/2007 - Atualizada em 13/05/2007
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