A Academia Brasileira de Letras e a Petrobras convidaram para a série Música de Câmara, com o concerto do Duo Wagner Tiso, piano, e Hugo Pilger, violoncelo, homenageando com um programa dedicado ao Encontro com Tom & Villa Lobos - Clássicos da MPB.
O evento acontece no dia 30/4, às 18h30min, no Teatro R. Magalhães Jr, com entrada franca e patrocínio da Petrobras.
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Clássicos da MPB e Tom & Villa
Wagner Tiso apresenta um novo espetáculo homenageando os grandes compositores brasileiros além dos clássicos Tom Jobim e Villa Lobos.
O Trenzinho do Caipira, choros e modinhas que resplandecem na obra de Villa-Lobos, encontram os choros e as modinhas iluminadas de Antonio Carlos Jobim; a Garota de Ipanema, o Samba de uma Nota Só e Eu Sei que Vou Te Amar abraçam Caicó e Melodia Sentimental, no trabalho de Wagner Tiso com o Trio, além claro de Chico Buarque, Gilberto Gil, Dorival Caymmi, Milton Nascimento.
Villa e Tom: dois gênios cariocas, nascidos com exatos 40 anos de diferença. Dois marcos na música brasileira, aqui e no estrangeiro. Duas pedras fundamentais na carreira de Wagner Tiso, compositor, intérprete, arranjador mineiro que em 1964 desembarcou – para ficar - num Rio de Janeiro ensolarado pela Bossa Nova, embora cercado pelas nuvens negras do golpe militar. "São os dois compositores que eu mais gosto de interpretar", diz Wagner. "Com Villa eu descobri a paixão pela grande orquestra; Tom Jobim era uma inspiração permanente".
Os muitos encontros de Tiso com Villa e Jobim
A primeira incursão de Tiso pela música de Villa-Lobos foi na antológica adaptação de Caicó para o disco Sentinela, de Milton Nascimento, em 1980. Em 1988 Wagner mergulhou a fundo na música de Villa para as comemorações do centenário de nascimento do compositor das Bachianas Brasileiras. Os espetáculos rodando o Brasil e a Espanha renderam mais do que o prazer de tocar Villa-Lobos: foram o motor da composição das Fantasias sobre os temas Mandu-Çarará e sobre o Choros nº 10, ambas incluídas neste disco. Em 1988 Wagner criou, em parceria com Geraldinho Carneiro, Manu-Çaruê – uma aventura holística, obra multimídia inspirada no Mandu-Çarará de Villa, com cenários de Rubens Gershman, participações especiais de Maria Padilha, Rainer Vianna e Rubens Correia e direção de Walter Lima Jr. "Foi uma leitura pessoal da música de Villa-Lobos, calcada na experimentação", conta Wagner Tiso.
"Já Tom Jobim foi meu contemporâneo e tínhamos uma relação de muito carinho", lembra o pianista que, na chegada ao Rio dos anos 60, militou na noite. Era o tempo do samba-canção e da bossa-nova das boates Arpége, Drink's, Sacha's, Fred's, Holiday, Bottle's Bar, Litlle Club. Tom morreu em 1994 e um ano depois Wagner e o Rio Cello Ensemble fizeram uma homenagem ao maestro no Queen Elizabeth Hall em Londres e em Lisboa.
30/4/2010
20/04/2010 - Atualizada em 19/04/2010