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Acadêmico Antônio Torres lança, em Paris, Saint-malo e Genebra, a tradução de seu livro O nobre sequestrador (Le corsaire de Rio)

 

O Acadêmico e romancista Antônio Torres cumpriu uma série de compromissos, no começo de maio, na França e na Suíça, por ocasião do lançamento da tradução de seu livro O nobre sequestrador (Le corsaire de Rio, em francês). Torres embarcou para a Europa no dia 8 de maio.

O romancista, na oportunidade, falou sobre seu outro livro traduzido naqueles países. Trata-se do Meu querido canibal (Mon cher caniballe), editado também pela Pétra. A versão francesa das duas obras é de autoria do tradutor Dominique Stoenesco, professor de Português, um dos fundadores da revista Latitudes – Cahiers lusophones, colaborador de diversos veículos literários e Sócio Correspondente da Academia de Letras da Bahia.

A programação dos compromissos do Acadêmico foi a seguinte: dia 10 de maio: palestra na Gulbenkian Paris, em parceria com a Sorbonne, e sob mediação do professor Leonardo Tonus, quando foi debatido também o romance Meu querido canibal, lançado no Salão do Livro de Paris, no ano passado; dia 12: palestra na Embaixada do Brasil, com a participação do professor, tradutor e escritor Michel Riaudel (autor de um livro sobre Caramuru); dias 14, 15 e 16: participação no Festival Ètonnants Voyageurs; dia 17: palestra no Consulado do Brasil em Genebra, a convite da Cônsul-Geral, Embaixadora Maria Nazareth Farani de Azevedo; e, dia 18: palestra na Associação Raízes, também em Genebra, a convite de sua Diretora, Magnólia Vigny.

Saiba mais:

Oitavo ocupante da Cadeira 23 da ABL, eleito em 7 de novembro de 2013, na sucessão de Luiz Paulo Horta e recebido em 9 de abril de 2014 pela Acadêmica Nélida Piñon, Antônio Torres nasceu na Bahia em 1940. Estreou na literatura em 1972, com o romance Um cão uivando para a Lua, considerado pela crítica a revelação daquele ano. Hoje, entre os seus 17 títulos publicados, destaca-se a trilogia formada por Essa terra (1976), O cachorro e o lobo (1997) e Pelo fundo da agulha (2006).

Em 1998, foi condecorado pelo governo francês como Chevalier des Arts et des Lettres por seus livros traduzidos na França. Dois anos depois, teve o reconhecimento nacional definitivo ao receber o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto de sua obra. No ano seguinte, ganhou o Prêmio Zaffari & Bourbon, da 9ª Jornada Nacional de Literatura, da Universidade de Passo Fundo (RS), pelo romance Meu querido canibal.

Antônio Torres foi um dos ganhadores do Prêmio Jabuti de 2007, com o romance Pelo fundo da agulha. Seus livros focam cenários rurais, urbanos e da História e têm tido várias edições no Brasil e traduções em muitos países (Argentina, Cuba, Estados Unidos, França, Espanha, Alemanha, Itália, Holanda, Inglaterra e Israel). O romance Essa terra está em vias de tradução na Bulgária, Albânia e Vietnam.

De 1999 a 2005, foi Escritor Visitante da UERJ – Universidade do Estado do Rio de Janeiro – quando ministrava oficinas literárias, realizava aulas inaugurais e proferia palestras nos campus do Maracanã, da Faculdade de Formação de Professores – UERJ de São Gonçalo –, e da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense – UERJ de Duque de Caxias.

Pertence também à Academia de Letras da Bahia, na qual ocupa a Cadeira 9, sucedendo a João Ubaldo Ribeiro.

19/04/2016